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Polícia paraguaia apreende 1.823 armas de fogo na Operação Dakovo

A Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) informou que, no âmbito da Operação Dakovo, foram apreendidas 611 armas longas e 1.212 revólveres (pistolas), totalizando 1.823 armas de fogo, no valor aproximado de US$ 5.200.000.

Também foram apreendidos durante a ação US$ 87,1 mil em dinheiro, US$ 96 mil em cheques, US$ 250 mil em relógios e US$ 50 mil em canetas.

A Operação Dakovo deixou um total de 13 pessoas detidas, em Assunção e Ciudad del Este, no departamento de Alto Paraná. Entre os capturados estão diversos militares.

Em Assunção, foram presos o coronel Bienvenido Fretes, o general Arturo González, Mercedes Ocampos, Eliane Marengo, Manuel Antonio Gómez, Paulo Fines Ventura, Ricardo Morra, a capitã Josefina Cuevas e Cinthia Turro, ambos militares.  Já em Ciudad del Este, foram capturados Arnaldo Cubas, Angel Flecha, Aldo Cantero e Julio Cubas.

Todas as pessoas, com exceção de Fretes, Gonzalez e Fines Ventura, tiveram pedido feito pela justiça brasileira para serem extraditadas.

Mais armas encontradas em um contêiner no Dimabel

Na tarde desta terça-feira (05/12), foi aberto um contêiner pertencente à firma IAS, que fica na sede da Diretoria de Material de Guerra (Dimabel). Observou-se maior número de armas de fogo. Por disposição fiscal, eles foram selados para uma posterior revisão completa.

Dakovo: A maior operação contra o tráfico internacional de armas

Após mais de um ano de investigação conjunta entre a Senad e o Ministério Público, a Polícia Federal brasileira e o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, aconteceu nesta terça-feira uma operação para desarticular um grande esquema de tráfico internacional de armas de origem europeia para o Paraguai e, posteriormente, para as facções criminosas mais perigosas do Brasil.

A ação abrange toda a cadeia de valor da organização criminosa, desde a empresa (líder e vendedores), o órgão regulador de importação e venda (Dimabel) até os intermediários que serviam de elo com as estruturas criminosas do Brasil.

Foram 20 incursões no Centro e Alto Paraná, 20 no Brasil em seis estados e uma incursão no Kansas, nos Estados Unidos.

Os supostos líderes da estrutura criminosa

No centro da investigação está a International Auto Supply Company (IAS), com sede em Assunção, cujo presidente Diego Dirisio, de nacionalidade argentina, juntamente com sua sócia Julieta Nardi, seriam os líderes da estrutura criminosa.

Vários de seus colaboradores e fornecedores também são listados como alvos de captura.

Por outro lado, uma intervenção foi realizada na sede da Dimabel, em Assunção. Nesse sentido, vários militares, alguns deles de alta patente, estão na lista de pessoas a serem detidas.

A investigação, em um período de dois anos, conseguiu apurar sua participação ativa na autorização irregular para importação de armas, alterações documentais para cumprimento da Lei de Armas, bem como autorizações para vendas irregulares em troca de grandes somas de dinheiro pela empresa em questão, entre outras manobras.

O ‘modus operandi’

De um modo geral, a empresa, através das suas ligações com a Dimabel, tinha instalações para importar armas da Croácia, Eslovênia e República Checa. Eles receberam autorizações rápidas para importação e posterior venda.

Os pacotes de armas eram então adquiridos por intermediários com ligações diretas a facções criminosas em todo o Brasil.

Para justificar as supostas transações, foram simuladas pequenas vendas de duas a três armas para pessoas que não tinham capacidade financeira, muitas delas funcionários, diaristas ou estudantes.

Durante o processo, foram apreendidos US$ 87,1 mil em dinheiro.

Em alguns casos, eles receberam pequenas somas de dinheiro para concordar com o esquema, e em outros suas identidades foram usadas sem consentimento.

Antes do embarque para o Brasil, os números de série das armas foram apagados para evitar rastreabilidade e rastreabilidade.

Desde 2012, essa empresa já importou 25 mil armas que supostamente eram vendidas em nosso país, mas que acabam nos polos de violência do crime organizado no Brasil e em toda a fronteira.

Como foram feitos os pagamentos?

Para evitar o rastreamento dos pagamentos, a estrutura criminosa fazia uso de “doleiros” que operavam interligados entre o Paraguai e os Estados Unidos.

Eles “pulverizaram” grandes somas de dinheiro em pequenas transações de menos de US$ 5.000 em diferentes contas que finalmente foram agrupadas novamente para fazer pagamentos dos Estados Unidos.

Com informações: Portal Ultima Hora (PY)

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