Os aparelhos só serão permitidos em casos excepcionais, como para aulas focadas em habilidades digitais ou para pessoas com deficiência.
O ministro da Educação holandês disse que embora os celulares estejam interligados com nossas vidas, eles não pertencem à sala de aula.
O anúncio segue uma decisão semelhante da França, Finlândia e da Baviera (estado alemão).
Segundo um relatório da Unesco (braço da ONU para educação), há evidências claras de que o uso excessivo das telas pode causar:
- distrações;
- quebra do ritmo de concentração e aprendizado;
- queda na qualidade do aprendizado;
- problemas relacionados à estabilidade emocional.
O Brasil é líder mundial em uso de celular entre os mais jovens, com 95% dos pré-adolescentes e adolescentes teclando desde cedo — 19% acima da média global.
- 71% dos pais brasileiros disseram estar preocupados com o tempo que seus filhos passam nos dispositivos;
- do grupo anterior, 39% se dizem “muito preocupados”.
No século XXI, a tecnologia transformou radicalmente a maneira como aprendemos e ensinamos. Com a ascensão de dispositivos eletrônicos e a proliferação do acesso à internet, as telas tornaram-se onipresentes em salas de aula e residências. No entanto, o uso excessivo dessas telas no processo educacional levanta sérias preocupações quanto aos seus potenciais malefícios.
Em primeiro lugar, é essencial abordar os efeitos negativos sobre a saúde visual dos estudantes. O tempo prolongado diante das telas, seja em computadores, tablets ou smartphones, tem sido associado a problemas como a fadiga ocular, ressecamento dos olhos e até mesmo o desenvolvimento de miopia em idade precoce. A exposição constante à luz azul emitida pelas telas também pode interferir no ciclo natural do sono, prejudicando o descanso noturno dos estudantes e, consequentemente, afetando seu desempenho acadêmico.
Além disso, o uso excessivo de telas pode contribuir para a sedentarização e o estilo de vida pouco saudável entre os estudantes. A tendência de permanecer sentado por longos períodos, seja durante aulas online ou ao realizar atividades educacionais em dispositivos eletrônicos, está ligada a problemas de saúde, como obesidade e problemas posturais. A falta de interação física e o tempo limitado dedicado a atividades ao ar livre também têm implicações negativas no desenvolvimento global dos estudantes.
Outro ponto crítico a ser considerado é o impacto nas relações sociais e emocionais dos alunos. O aprendizado tradicional, com a interação face a face entre professores e colegas, desempenha um papel crucial no desenvolvimento social e emocional dos estudantes. O uso excessivo de telas pode resultar em isolamento, dificuldades de comunicação e até mesmo em problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.
A dependência excessiva da tecnologia também pode comprometer a qualidade do aprendizado. A facilidade de distração proporcionada por aplicativos e redes sociais durante as aulas online pode diminuir a atenção dos alunos, prejudicando a absorção do conteúdo. Além disso, a falta de supervisão adequada pode levar à prática de comportamentos inadequados, como plágio e uso indevido de informações.
Diante dessas considerações, é crucial que educadores, pais e instituições de ensino busquem estratégias equilibradas para integrar a tecnologia no processo educacional. A conscientização sobre os riscos associados ao uso excessivo de telas, a implementação de limites de tempo e a promoção de atividades que incentivem a interação física e social são passos fundamentais para mitigar os malefícios e garantir um ambiente educacional saudável e equilibrado.
Com informações: Brasil Paralelo