O jornalista campo-grandense Lucas Arruda deu início às filmagens do documentário “Barulho do Mato”, que promete trazer à luz as histórias por trás do Heavy Metal na capital do Mato Grosso do Sul. Com lançamento previsto para o segundo semestre deste ano, o filme busca explorar os bastidores desse cenário musical rico em riffs pesados e letras profundas.
Segundo Lucas Arruda, a motivação para o projeto surgiu da falta de documentação sobre a história do Metal em Campo Grande. “Campo Grande é uma cidade que tem pouca de sua memória documentada, não sei se é o reflexo de um estado jovem”, explicou o jornalista. Ele ressaltou a importância de resgatar a história das bandas locais, desde as mais antigas até as mais recentes.
Com entrevistas e pesquisa documental e de imagens, o documentário pretende abordar um período de 20 anos, das décadas de 1980 até 1990, destacando as diversas nuances de estilo e influências de bandas nacionais e internacionais. Nomes como Alta Tensão, Black Church, Devastation, Necroterium, Sacrament, entre outros, estão entre os cotados para o roteiro.
As filmagens já começaram, tendo como primeiro entrevistado Marco Aurélio dos Santos, conhecido como Kão, uma figura fundamental no cenário musical underground do Mato Grosso do Sul. “O documentário é fundamental para registrar histórias sobre a cena do Metal”, afirmou Kão, destacando a importância do registro para as novas gerações e para a valorização artística.
Além de Kão, foram entrevistados músicos como Mark, da banda No Name, Enrique Gonçalves, da banda DxDxOx, e a produtora cultural Ângela Finger. A diretora de fotografia do documentário, Cátia Santos, ressaltou o desafio criativo de registrar esses relatos e destacou a importância da fotografia e da edição para interligar as histórias que compõem o Heavy Metal sul-mato-grossense.
“Barulho do Mato” promete desvendar os desafios e as conquistas dos roqueiros em um estado marcado pelo conservadorismo. Financiado pelo FIC – Financiamento de Investimentos Culturais e pela FMCS – Fundação Municipal de Cultura de Mato Grosso do Sul, o documentário conta com o apoio do Governo Estadual para sua realização.
