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Governo Lula piora situação de insegurança de tribos indígenas no Brasil

A maioria das lideranças no Vale do Javari, no estado do Amazonas, relata uma situação de piora marcada por invasões e mortes durante o governo Lula.

Indígenas do Vale do Javari expressam sensação de agravamento e insegurança durante o governo Lula.

A Situação Alarmante

Em 20 de janeiro, a Agência Samaúma notificou que, entre 2019 e 2022, aproximadamente 570 crianças indígenas morreram de causas evitáveis nas terras Yanomamis da floresta Amazônica, em Roraima. O governo de Bolsonaro foi acusado de omissão diante desse número alarmante de mortes, que não foram divulgadas antes de 2019.

Em 30 abril de 2024, durante o governo Lula, há relatos de piora de indígenas com a mudança de governo e também a persistência dos problemas.

Situação nos Yanomamis

Dados oficiais da Secretaria de Saúde Indígena revelam que, em 2022, durante o governo Bolsonaro, 343 indígenas faleceram. A Secretaria aponta uma subnotificação de casos nesse período, o que eleva o número total de mortes. Já em 2023, durante o governo Lula, o número de óbitos aumentou ainda mais, chegando a 363 – um aumento de 5,8%.

Cenário no Vale do Javari

Indígenas do Vale do Javari denunciam que, após a morte do indigenista Bruno Pereira, que desapareceu junto com o jornalista Dom Phillips, o número de invasões ilegais e abusos por parte de madeireiros e outros criminosos tem colocado em risco a vida na região.

Segundo relatos dos habitantes locais, houve uma melhora na segurança após a intensificação da vigilância na área, motivada pela grande repercussão dos assassinatos. No entanto, com o passar do tempo e o esvaziamento do caso na mídia, a sensação de insegurança constante voltou a predominar.

Uma liderança indígena do Vale do Javari afirmou à Revista Veja: “Nada mudou. Só piorou. A situação só se agrava”.

Outra liderança local relata que a exploração ilegal chegou a atingir sua própria aldeia. Há relatos também de que as invasões e a exploração ilegal sempre foram uma realidade na região e que, até hoje, “continua tudo igual”.

Por Allan dos Santos para Revista Exílio / Terça Livre

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