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Em protesto, bancários distribuem cachorro-quente em frente à agência do Bradesco

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região promoveu na manhã desta segunda-feira, 19 de agosto, um ato de protesto em frente à agência do Bradesco localizada na esquina das avenidas Afonso Pena com a Calógeras. A mobilização, intitulada “cachorrada dos bancos”, tem como objetivo pressionar as instituições financeiras a apresentarem uma proposta de reajuste salarial que valorize a categoria.

Durante o protesto, os bancários distribuíram cachorro-quente para a população e clientes do banco, em uma ação simbólica que visa denunciar a postura das instituições financeiras, que mesmo obtendo lucros bilionários – R$ 29 bilhões somente nos três primeiros meses de 2024 -, propõem reajustes que podem precarizar os direitos e rebaixar os salários dos trabalhadores.

A mobilização teve início na noite do domingo, dia 18, quando foram colados cartazes nas principais agências bancárias do centro de Campo Grande.

Olhar 67 - Em protesto, bancários distribuem cachorro-quente em frente à agência do Bradesco
Foto: Reginaldo de Oliveira/Martins e Santos Comunicação

“Em 2023, os cinco maiores bancos do Brasil, juntos, tiveram um lucro de R$ 108,6 bilhões. Nos últimos 10 anos, o lucro deles cresceu 169% acima da inflação e a rentabilidade média do setor é de 15% acima da inflação, muito maior que a dos bancos de outros países como os EUA (6,5%) e Inglaterra (9%). Então, com todos esses excelentes resultados, não há justificativa para não trazerem respostas para o reajuste dos bancários”, afirma Rubens Jorge Alencar, presidente do sindicato.

Há dois meses, a categoria bancária está em negociação com a Federação dos Bancos (Fenaban) e reivindica reposição da inflação e aumento real de 5% nos salários, na PLR e demais verbas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários. Além disso, os trabalhadores buscam garantir melhores condições de trabalho e a manutenção dos direitos conquistados.

Os bancários também denunciam a postura dos bancos em fechar agências e postos de trabalho, precarizando o atendimento da população. Segundo um levantamento do Dieese, o setor bancário fechou, em todo país, pouco mais de 6 mil postos de trabalho em 2023 e, desde 2019, encerrou mais de 3 mil agências bancárias.

“É inadmissível que os bancos, enquanto amontoam lucros bilionários, promovam o desmonte do atendimento bancário no país. O fechamento de agências e as demissões em massa são um ataque direto à população, especialmente àqueles que mais precisam dos serviços bancários. É preocupante ver um setor tão importante, que obtém lucros exorbitantes ano após ano, não dar sua contribuição para a manutenção do emprego no país”, destacou Rubens.

Com informações: Assessoria de Comunicação.

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