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Relatório aponta Brasil como o quarto país mais estressado do mundo

Aumento da preocupação com a saúde mental no Brasil

O relatório “World Mental Health Day 2024”, divulgado pelo Instituto Ipsos na segunda-feira (14/10), indica que o Brasil ocupa a quarta colocação global entre os países mais estressados. Segundo o levantamento, 77% dos brasileiros já refletiram sobre a relevância do cuidado com a saúde mental, evidenciando a crescente preocupação com o tema.

Evolução da percepção sobre a saúde mental

Os participantes da pesquisa identificaram a saúde mental como a principal questão de saúde pública no país. Em 2018, apenas 18% dos brasileiros consideravam o tema como prioritário. Esse percentual subiu para 40% durante a pandemia, alcançando 49% em 2022, 52% em 2023 e 54% em 2024, estabelecendo um novo pico.

Metodologia e abrangência do estudo

A pesquisa foi realizada com 23.274 adultos, de 18 a 74 anos, em 31 países. Entre as nações participantes, estão Austrália, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Japão, Estados Unidos, Colômbia, México, África do Sul e Brasil. As entrevistas ocorreram online entre 21 de julho e 4 de agosto de 2023.

Contexto global e níveis de estresse

O estudo apontou que, em média, 62% dos entrevistados em todos os países relataram episódios de estresse que afetaram sua rotina ao menos uma vez. No Brasil, o impacto foi reportado por 54% dos entrevistados, colocando o país na nona posição mundial. Os índices mais altos foram observados no Chile (69%), Suécia (68%) e Austrália (60%), enquanto México (25%), Índia (26%) e Japão (28%) registraram as menores preocupações com a saúde mental.

Impacto por faixa etária e gênero

Entre as mulheres da geração Z, 46% afirmaram que o estresse afetou significativamente sua rotina, enquanto 33% dos homens da mesma geração relataram o mesmo impacto. Segundo o relatório, essas diferenças refletem pressões sociais e expectativas de gênero mais intensas para as mulheres.

Entre os Millennials, 37% mencionaram impacto na vida cotidiana, e 22% relataram afastamento temporário do trabalho por conta do estresse. Na geração X, esses índices foram de 32% e 17%, respectivamente.

Diferença nas gerações mais velhas

Entre os Baby Boomers, 25% das mulheres e 19% dos homens informaram que o estresse interfere em sua rotina. Os dados sugerem que as gerações mais jovens, como a geração Z, enfrentam maior impacto em função dos desafios relacionados ao estresse e à saúde mental.

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