O governo federal lançou, nesta terça-feira (05/11), um programa para criar salas especiais em aeroportos com o objetivo de atender passageiros com transtorno do espectro autista (TEA) e outras neurodivergências. A iniciativa, que visa beneficiar cerca de 200 mil pessoas, prevê a instalação de 20 salas até 2026.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, as salas multissensoriais oferecerão estímulos visuais, táteis e auditivos para promover relaxamento e bem-estar, enquanto as salas de acomodação, com estímulos reduzidos, acolherão passageiros em momentos de crise. O ministro Silvio Costa Filho, que tem um afilhado com autismo, reforçou a importância do programa ao desafiar as concessionárias a instalarem as três primeiras salas, afirmando que estas terão destaque nas avaliações dos melhores aeroportos do ano.
O programa também inclui reavaliações nos procedimentos de atendimento em voo e solo para passageiros com TEA e capacitação dos profissionais do setor. Segundo o Ministério, as salas estarão disponíveis para pessoas de todas as idades e também para outras neurodivergências, promovendo um acolhimento inclusivo.
O secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, destacou a responsabilidade social do setor, afirmando que a criação das salas especiais visa atender as necessidades dos passageiros, promovendo dignidade e autoestima. Ele ressaltou que “cada investimento é uma chance de melhorar a vida das pessoas”.
Atualmente, quatro salas multissensoriais já estão em operação, com uma nova unidade a ser inaugurada em Natal em novembro. Até o primeiro trimestre de 2025, mais seis salas serão implementadas, priorizando os aeroportos com maior fluxo de passageiros, especialmente nas capitais, sem custos adicionais para a União. A iniciativa faz parte do programa Viver sem Limites II e foi inspirada em experiências da Concessionária Zurich Airport, que já implantou salas semelhantes nos aeroportos de Florianópolis e Vitória.
Com informações: Gazeta Brasil
