Na manhã desta segunda-feira (25/11), manifestações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de indígenas bloquearam rodovias em diferentes regiões de Mato Grosso do Sul. Os protestos interromperam o trânsito na MS-384, entre Antônio João e Ponta Porã, e na BR-262, entre Anastácio e Miranda, além da MS-156, entre Dourados e Itaporã.
O MST, com cerca de 800 participantes, reivindica terras, crédito e alimentação para as famílias acampadas. Segundo Zeca, uma das lideranças do movimento, o grupo exige respostas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre o assentamento de famílias e a disponibilização de novas áreas. Representantes pediram uma reunião com o presidente do Incra-MS, Paulo Roberto da Silva, que afirmou estar em contato com as lideranças.
Além do MST, indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru protestaram na BR-262 devido à falta de água nas reservas. Os manifestantes destacaram o descumprimento de promessas feitas por políticos e ameaçaram bloquear o anel viário e o acesso ao Hospital da Missão Caiuá, em Dourados.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar Rodoviária (PMR) acompanham as manifestações para garantir a segurança nas vias. Até o momento, as rodovias permanecem parcialmente interditadas.
Na semana passada, o governador Eduardo Riedel reconheceu a gravidade da falta de água na Reserva de Dourados, a maior comunidade indígena do estado, com cerca de 20 mil moradores. Durante o lançamento de um programa para atender comunidades indígenas em outras cidades, Riedel afirmou que buscará recursos para resolver o problema. “Não vamos terminar nosso mandato sem entregar água e dignidade às pessoas”, disse ele.
As negociações entre autoridades e manifestantes seguem em curso, enquanto os bloqueios continuam a causar transtornos para a população local.
Com informações: Assessoria PRF