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Auditores da Receita Federal paralisam fronteiras em Mato Grosso do Sul

Greve nacional interrompe operações alfandegárias

A greve dos auditores-fiscais da Receita Federal, iniciada nesta quarta-feira (19/02), resultou no fechamento das fronteiras de Ponta Porã e Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul. A mobilização faz parte de uma paralisação nacional, que começou em novembro do ano passado, motivada pelo impasse nas negociações com o governo federal sobre reajuste salarial.

Suspensão das liberações de cargas

Com a paralisação, as operações de exportação e importação nesses municípios estão suspensas por tempo indeterminado. Caminhões aguardam a liberação de cargas, causando preocupação entre comerciantes e transportadores da região. Em nota, a equipe aduaneira da Receita Federal informou que os auditores intensificaram as fiscalizações nas aduanas do estado, seguindo o modelo “risco zero”, estratégia adotada nacionalmente para garantir a segurança nas operações.

Reivindicações da categoria

Luiz Felipe Manvailer, presidente do Sindifisco Nacional, afirmou que a greve responde ao congelamento do salário base dos auditores. “Não há sequer uma abertura de canal para a solução do impasse. Enquanto isso, a escalada inflacionária continua e as perdas da categoria aumentam”, declarou. Desde 2022, os auditores negociam um reajuste salarial, mas, ao contrário de outras categorias do serviço público, permanecem sem aumento no vencimento básico nos últimos oito anos.

Impactos econômicos e continuidade da mobilização

Os auditores reivindicam um reajuste mínimo de 19%, alegando que esse percentual corresponde ao menor índice concedido a outras carreiras. O movimento também critica os aumentos salariais concedidos recentemente à Procuradoria da Fazenda Nacional. “A categoria se sente desrespeitada pelo governo, que não prioriza uma classe tão essencial para o sistema tributário do país quanto a PFN”, diz a nota do movimento.

Os impactos da paralisação já são visíveis nas fronteiras, com filas de caminhões se formando à medida que as liberações ficam retidas. Além das aduanas em Mato Grosso do Sul, ações semelhantes devem ocorrer em portos, aeroportos e outros pontos alfandegários do país, ampliando os efeitos econômicos e logísticos da greve.

Com informações: Secretaria Municipal de Segurança Pública de Ponta Porã

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