Ataque ocorre em região remota entre rios e mata fechada
O caseiro Jorge Ávalo morreu após sofrer ataque de uma onça-pintada na região do Touro Morto, localizada no município de Aquidauana, entre os rios Miranda e Aquidauana.
O homem de 60 anos realizava tarefas no acampamento de um pesqueiro quando o felino o surpreendeu, em área de difícil acesso, cercada por mata densa e rios em cheia.
Força-tarefa inicia busca por felino logo após o ataque
A confirmação da morte mobilizou uma força-tarefa com policiais ambientais, guias e um pesquisador, que percorreram a mata durante a madrugada em busca do animal.
O grupo localizou a onça na madrugada desta quarta-feira (23/04) e procedeu a captura com uso de sedação, sem incidentes, após encontrar o felino em local isolado da região pantaneira.
Pesquisador avalia condição de saúde da onça capturada
O animal, um macho com 94 quilos, apresenta sinais de magreza e fraqueza, segundo o pesquisador Gedienson Araújo, que acompanhou o transporte do felino.
A equipe instalou acesso venoso e monitor cardíaco no animal, que seguiu para um centro de reabilitação, onde passará por exames clínicos completos.
Especialistas buscam causas do comportamento anormal
Gedienson afirmou que os exames poderão indicar se doença, fome prolongada ou estresse provocaram o ataque, classificado como atípico para a espécie.
Outros fatores levantados incluem a perda de habitat por desmatamento, queimadas e caça ilegal, que forçam o deslocamento dos animais para áreas habitadas.
Comunidade vive sob alerta e relata mais avistamentos
Moradores da região de Touro Morto relatam aumento na presença de onças próximas às moradias, impulsionadas pela cheia dos rios que limita o espaço natural dos felinos.
A Polícia Militar Ambiental reforça que ataques a humanos são raros, e que a investigação busca compreender o comportamento do animal capturado.
Captura representa início de processo de reabilitação
A onça permanecerá sob observação e, se recuperada, será devolvida à natureza em local seguro, afastado de áreas com atividade humana.
A morte do caseiro Jorge Ávalo gera comoção na comunidade, que convive diariamente com os desafios e mistérios da planície alagada do Pantanal.
Com informações: Assessoria PMA