A foto feita por um dos alunos circula em redes sociais e de aplicativos de celular. Pais indignados comentam a postagem, revelando contrariedade à atitude do professor, que não foi identificado na denúncia. A imagem traz uma projeção de uma apresentação digital exibida em aula do curso de Direito, da UFMS, em Campo Grande. O texto aplicado traz em letras grandes #MEUPRIMEIROVOTO, uma campanha abraçada por tribunais eleitorais de vários Estados brasileiros, mas intensificada pelo Partido dos Trabalhadores e outras entidades que são declaradamente opositoras ao atual governo federal.
Ao lado da ‘hashtag’ uma outra chamada reforça a ligação partidária do conteúdo apresentado em sala de aula: A palavra em destaque ‘Tutorial’ tem a letra ‘o’ trocada por uma caricatura do presidente Bolsonaro subposta com marca das placas de trânsito indicativas de proibição. Abaixo vem a inscrição “Como derrotar Bolsonaro em 2022” seguido de figuras indicativas do voto eletrônico e a informação para acessar o site do TSE.
Em um dos comentários compartilhados, um pai de aluno diz que “é revoltante (a situação), um absurdo isso, o Brasil não tem solução, a gente não sabe o que pode fazer”. A denúncia foi encaminhada à assessoria de imprensa da UFMS com os seguintes questionamentos:
1) Tal procedimento é de conhecimento da reitoria?
2) Se é de conhecimento, é aprovado pela instituição?
3) A aula em questão pode ser considerada um debate saudável sobre o momento político no Brasil?
4) Em se tratando de debate, houve espaço para o contraditório na mesma aula?
5) Caso não seja de conhecimento da Instituição, como o fato será tratado?
6) Os alunos que denunciaram a prática podem sofrer algum tipo de punição?
7) Os professores da Instituição têm liberdade para manifestar-se ideologicamente em sala de aula?
Até o fechamento desta reportagem, não obtivemos resposta.