O vídeo tem 1’40” e mostra o professor Emildo Pereira Coutinho, de língua inglesa, em uma calorosa discussão com um grupo de alunos. Ele tem alguns apoiadores, mas um grupo contesta as afirmações do professor. A gravação começa quando o professor pergunta aos jovens: “Sabem qual é o controle da informação que o Lula quer?”, ao que ele mesmo emenda: “Hoje, no máximo, 4 famílias detém os meios de comunicação. O controle é esse: tira dessas famílias e democratiza. Você quer ter um meio de comunicação online, virtual, tudo bem, vamos ver então, tipo vamos dividir a fatia do bolo, é uma coisa boa”.
Na última segunda-feira (25), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) utilizou as redes sociais para pedir a alunos que façam denúncias sobre professores sendo partidários em sala de aula. No Twitter, a parlamentar disponibilizou seu endereço de email para receber as denúncias. No mesmo dia, circulou uma fotografia tirada por alunos do primeiro ano de Direito da UFMS em que um professor apresenta um slide em que se lê a frase: “Como derrotar Bolsonaro”. O caso está sendo investigado pela Ouvidoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
A discussão registrada no Colégio Estadual Presidente Abraham Lincoln, da cidade de Colombo, no Paraná, tem contexto diferente e é bem mais agressivo que a foto registrada na UFMS. Pela fala do professor, a discussão girava em torno de discursos do ex-presidente Lula nos quais promete ‘controlar a mídia’, caso seja eleito presidente uma outra vez. “Não é controlar a informação, embora ela tenha que ser controlada, discurso de ódio também. Mas não é nada de comunismo que é o que os bolsonaristas começaram a fazer, controlar a informação é isso, democratizar”, afirmou o professor no vídeo. A discussão caminhava intensa, com alguns alunos discordando do professor, até que ele passa a proferir uma série de afirmações desrespeitosas quanto à pessoa do presidente da República. “Bolsonaro incentiva a violência, Bolsonaro é racista, preconceituoso, misógino, homofóbico e pregou Deus usando o nome de Deus em vão. Ele não tem moral. Primeiro ele tem que resolver a sua sexualidade. Ele é um homossexual que não se assume”. A produção de OLHAR67 tentou contato com a direção da escola no Paraná através das redes sociais e canais de comunicação disponíveis na página da instituição, mas até o fechamento da matéria, não recebeu resposta.