Representantes do Ministério da Fazenda e a Petropar se reuniram nesta sexta-feira (08/07) com representantes de sindicatos de caminhoneiros, cargueiros, lixeiros, trabalhadores de plataformas digitais, entregas e outros, para propor uma solução para a crise que cerca esses setores em decorrência dos preços dos combustíveis.
R$ 1,00 (Um real) | PYG 1.250,00 (Guaranis) |
Depois da reunião, o presidente da Petropar, Denis Lichi, informou que a proposta da entidade, de desconto de G$ 400 para o diesel comum e a ‘nafta 93 octanos’, ainda está de pé, e que agora a intenção é de alcançar mais G$ 300 de redução através das distribuidoras nacionais. Com a alternativa, os sindicatos anunciaram que estão desativando as mobilizações planejadas.
O chefe da Petropar acrescentou que uma tabela técnica será instalada para conseguir o benefício e determinar como ele será aplicado. Ao mesmo tempo, ele informou que na terça-feira eles se encontrarão novamente com os representantes dos sindicatos.
Juan Villalba, presidente da Central Obrera y Transporte, disse que eles permanecerão atentos e disse que “depende dessa reunião para ver como avançaremos no acordo“. “Há uma boa predisposição para resolver os problemas o mais rápido possível“, disse ele.
De sua parte, Lichi explicou que vai conversar com os operadores da Petropar, “que têm sua rentabilidade por litro, e ver se estão dispostos a abrir mão de uma parte de seu lucro para poder tentar alcançar o desconto de G$ 700”. “Haverá aqueles que vão concordar e aqueles que não vão, mas os caminhoneiros conhecem essa situação (…). é preciso ver a boa predisposição, e a situação como uma oportunidade. Precisamos reter clientes e vender mais”, disse.
Otimismo — Por sua vez, o caminhoneiro líder de Tobatí, Darío Toñánez, reconheceu que o desconto de G$ 1.000 não será alcançado, mas chegaram a um acordo para buscar melhores preços na Petropar. Ele estava otimista e até previu que o desconto poderia chegar a G$ 800. Ele explicou que o benefício será concedido por meio de um cadastro de caminhoneiros e transportadores e informou que com o acordo as manifestações do setor que ele representa não serão realizadas. “Teremos os G$ 400, além de outras vantagens para ver com o presidente da Petropar, e alguns postos para também reduzir os preços desse lado. Realmente falando eles podem desistir um pouco de seus lucros para equalizar e ajudar esse setor”, afirmou Toñánez. Ele acrescentou que hoje eles se reunirão novamente com Lichi e a operadora Petropar em Tobati para discutir os detalhes do acordo.
Nesta semana, na fronteira com o Brasil, foi possível ver motoristas paraguaios abastecendo seus veículos do outro lado da fronteira, em Ponta Porã. A situação é inversa ao que historicamente acontece, quando motoristas brasileiros abasteciam seus carros em Pedro Juan Caballero.
Com informações: Última Hora (PY)