A cotação do Euro caiu 15,2% nos últimos 12 meses, sendo 4% somente nos últimos 30 dias. Nesta terça-feira (12/07), por volta das 10h da manhã, a moeda europeia estava cotada a US$ 1,0054, o que significa uma equivalência entre as duas moedas.
A maior influência para essa queda na cotação do Euro tem sido o temor de uma recessão global, além as falas recentes de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE). Com as projeções de recessão, analistas questionam se a autoridade monetária da Europa será capaz de apertar a política monetária (postura hawkish) a ponto de cortar a inflação.
De acordo com a última leitura feita nos indicadores, a inflação de 12 meses na Zona do Euro atingiu o nível mais alto da história, em 8,6% em junho de 2022. No entanto, esse número é ainda abaixo do consenso das projeções.
Para o Goldman Sachs, uma das principais empresas globais de banco de investimento, gestão de valores imobiliários e de investimentos, o risco de recessão econômica na Europa é de 50% nos próximos 12 meses. Os analistas do banco apontam que essa análise leva em consideração uma perspectiva de interrupções mais graves no fornecimento de gás russo. “Os números da inflação de junho vieram abaixo do esperado, embora isto deveu-se em parte a um subsídio de transporte público na Alemanha (os chamados 9-Euro-Ticket). A expiração programada deste subsídio, juntamente com a pressão ascendente em curso dos custos do gás e da eletricidade, deverá conduzir a inflação global acima dos 10% em setembro”, declarou Jan Hatzius, do Goldman Sachs.
A Alemanha, principal economia da Europa, teve indicadores negativos recentemente, além de ter uma grande dependência do gás russo. Em divulgação nesta terça (12/07), o índice de expectativas econômicas caiu de -28 pontos em junho para -53,8 pontos em julho – deteriorando ainda mais as projeções para o Euro. A informação foi divulgada pelo ZEW.
Euro ‘sangra’ e dólar sobre
Além da piora da perspectiva na Europa, as previsões para a economia americana têm melhorado recentemente. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) consiga aumentar os juros mais rapidamente e conter a inflação – que é recorde para os últimos 40 anos nos EUA, acima de 8%. Desta forma, a moeda americana ganha fôlego ante o Euro e outros pares globais.
Com informações: Suno Notícias
