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Em meio à crise global, 77% das indústrias de MS mantêm ou aumentam produção em junho

Por: Silvio Ferreira

Confiança dos empresários bate recorde e intenção de investimentos fica 10,3% acima da média histórica

Dados do Radar Industrial da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS) divulgados nesta terça-feira, dia 19 de julho, sobre a passagem entre os meses de junho e julho, apontam que 17% das indústrias do estado aumentaram a produção e 60% mantiveram a produção estável em comparação ao mês anterior. Um quadro positivo em meio a um cenário econômico mundial de crise, que ainda reflete a quebra das cadeias produtivas promovida pela política de lockdowns adotada pela maioria dos governos do planeta durante a pandemia.

O levantamento aponta que a utilização média da capacidade industrial de produção instalada em Mato Grosso do Sul ficou em 73% e que 74% dos industriários de MS apontaram para utilização igual ou acima do usual para o mês. Segundo o estudo, as principais dificuldades enfrentadas no segundo trimestre de 2022 foram a falta ou alto custo da matéria-prima, seguida pela alta taxa tributária e pela falta de mão-de-obra qualificada; por taxas de juros elevadas e demanda interna ainda insuficiente.

Estabilidade ou aumento na demanda é expectativa de 93% das indústrias de MS

O levantamento apurou que 48,3% dos empresários acreditam que a demanda por seus produtos aumentará no segundo semestre e 44,7% esperam que ela permaneça estável. Um quadro positivo que soma 93% dos empresários com boas expectativas para os próximos seis meses. Apenas 5,9% dos empresários preveem queda na demanda no período.

Intenção de investimentos fica 10,3% acima da média histórica do mês

Em julho, o índice de intenção de investimentos dos industriários de MS bateu recorde e ficou em 62 pontos, aumento de 10,3 pontos sobre a média histórica do mês e de 3,6 pontos sobre o mês anterior. Nos próximos seis meses 66,0% das indústrias pretendem investir.

Confiança dos empresários bate recorde e fica 6,5 pontos acima da média histórica

A Sondagem Industrial apurou que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) bateu recorde e alcançou a marca de 61,5 pontos, 6,5 pontos acima da média histórica para o mês de junho.

Quase 92% dos empresários devem manter ou aumentar número de empregos

Segundo o Radar Industrial da FIEMS, enquanto 63,5% das empresas esperam manter estável o número de funcionários, 28,2% devem aumentar o número de colaboradores no próximo semestre. Ou seja: 91,7% dos empresários do setor têm expectativa de estabilidade ou ampliação das vagas de trabalho, nesmo diante de um cenário de crise econômica global. Apenas 7,1% acreditam que esse número deve cair.

Percepção sobre a Economia Nacional e Estadual

O Radar Industrial da Fiems aponta ainda que para 21,2% dos empresários, as condições da economia brasileira melhoraram; para 51,8% mantiveram-se estáveis e para 24,7% pioraram.

Sobre a economia estadual, 22,4% consideraram que a economia estadual melhorou; 54,1% avaliam que manteve-se estável e 21,2%, que as condições pioraram.

Sobre a própria empresa, a avaliação de 27,1% dos empresários é que as condições melhoraram; de 56,5%, que as condições mantiveram-se estáveis, e de 14,1%, que pioraram..

“Os empresários industriais de Mato Grosso do Sul estão otimistas e esperam crescimento da demanda por seus produtos e aumento das contratações. Com essa combinação, os índices de confiança e intenção de investimento permanecem em patamares positivos e acima da média histórica obtida para o mês”, afirmou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Expectativas para os próximos seis meses

A Sondagem Industrial aponta que 47,1% dos empresários acreditam que a economia brasileira vai melhorar; 36,5%, que deve permanecer estável, e 14,2%, que deve piorar. Em relação a MS, 45,9% acreditam que a economia do estado vai melhorar; 42,4% que deve permanecer estável e 9,4% cogitam piora. Sobre os próprios negócios 60% confiam em melhora; 31,8% em estabilidade e apenas 5,9% têm previsão pessimista. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa foram 2,4% dos consultados. A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 11 de julho e ouviu 85 empresas, o equivalente a 4,6% da amostra nacional nos segmentos de produtos alimentícios, produtos de metal e produtos têxteis; confecção de artigos do vestuário e acessórios; produtos de material plástico, minerais não-metálicos e químicos; máquinas e equipamentos; extração de minerais não-metálicos, biocombustíveis e produtos de borracha; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; bebidas, couros e artefatos de couro; produtos de madeira, metalurgia, extração de minerais metálicos, atividades de apoio à extração de minerais, calçados, impressão e reprodução de gravações, produtos de limpeza, produtos farmoquímicos e farmacêuticos e móveis.

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