Quem nunca se viu insatisfeito com uma linha de expressão, uma gordurinha a mais ou algum traço que quisesse mudar em si mesmo? Isso é muito comum e a possibilidade de melhorar ou promover a auto estima com uma intervenção cirúrgica ou com a utilização de produtos ou métodos tem sido a alternativa de muitas pessoas. Mas até que ponto vai o bom senso na hora de optar por esses procedimentos?
Para a profissional de odontologia estética, Patrícia Jodas, o tratamento precisa ser conservador, ou seja, é preciso “escutar a vontade do paciente, mas com limites. Como em uma harmonia musical, é preciso combinar melodias e outras partes com uma série de acordes”, afirmou.
Patrícia lembra, inclusive, que a busca pela beleza e por procedimentos estéticos não é uma prerrogativa unicamente feminina, mas que muitos homens já têm procurado os profissionais em busca da tão falada harmonização facial. O limiar para que erros não sejam cometidos passa por uma avaliação criteriosa de saúde física e emocional. “Estar saudável é sempre a prioridade. Prevenir, rejuvenescer respeitando o biotipo de cada um, não seguindo exatamente um padrão ideal de beleza, não colocar num procedimento estético a solução para algum tipo de “frustração” ou resolução de outras questões externas, são alguns dos critérios adotados pela especialista na área.
Ela lembra que o maior medo dos pacientes quando procura um procedimento de harmonização facial, é ficar com a aparência muito diferente. “A maioria não tem noção de resultados x dosagem. Por exemplo, alguns acham que vão mudar totalmente o rosto usando apenas dois ml de determinado produto. A maioria, que nunca fez qualquer procedimento, projeta um resultado ideal, mas tem insegurança de fazer o modelo indicado, acha oneroso, prefere ir aos poucos, mas sempre querem mais. É o caso de algumas mulheres que têm lábios muito finos e usando apenas um ml do produto têm medo de ficar como a Angelina Jolie, quando na verdade, para ter uma boca que elas querem, mesmo sendo ideal e sem exageros, precisaria de mais quantidade. Acham muito e não fazem, mas 99,9% no retorno acham que foi pouco e querem mais”, explica.
Cinco procedimentos em dois anos e a cabeleireira Márcia Queiroz, 52 anos, diz que não se arrepende em nada. Muito feliz com o resultado, a paciente que sai de Campo Grande para ser atendida em São Gabriel do Oeste pela profissional, que já passou por cursos de aperfeiçoamento de técnicas e especializações na área, inclusive fora do País, por conta da confiança que tem nela, lembra que se cuidar é fundamental para a melhora da auto estima, mas que a conexão com o profissional escolhido também é fundamental.
Márcia diz que primeiro fez um melhoramento de pele, com a aplicação de toxinas botulínicas, o famoso botox. Depois, estimuladores de colágeno, lipo de papada, preenchimentos e, por último, lifting temporal. “Tinha a pele do rosto flácida, mas hoje sou uma nova mulher, estou me amando muito, com a auto estima muito melhorada”, afirmou.
A paciente diz que não vê problema algum em falar sobre os procedimentos e lembra que se cuidar é muito importante. “Tô com 52 e cara de 40”, brincou.