A reportagem da Revista Veja publicada nesta sexta-feira (20/01) revela conversas por Whatsapp entre o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Comando Militar do Planalto acerca de procedimentos operacionais.
A reportagem afirma que:
Linha do Tempo — No dia 6 de janeiro houve uma reunião de representantes dos setores de segurança do governo federal, do governo de Brasília, do Congresso e do STF para discutir um “plano de segurança” para o ato de protesto que estava sendo convocado para o fim de semana. Mesmo com a informação de que a manifestação teria grandes proporções, nada de efetivo acabou decidido. Além disso, o GSI tratou o momento como se a situação fosse de absoluta ‘normalidade’. Diante dessa informação, o coordenador de segurança do GSI, coronel André Garcia, enviou uma comunicação ao CMP:
“Boa tarde, senhores. O SCP agradece o apoio dos dragões no dia de hoje. Pelotão de Choque pode ser liberado da prontidão.”
A reportagem traz a seguinte explicação:
Faz-se necessário recordar que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) – que é subordinada ao GSI, produziu um relatório alertando sobre o risco iminente de “ataques” durante a manifestação marcada para o domingo (08/01). Esse relatório foi entregue no sábado (07/01). Mesmo assim, não houve um pedido de reforço.
Só já no domingo que o GSI parece ter percebido o que estava acontecendo e, numa tentativa de reverter a situação, convocou todos para evitar o que, naquela altura já demonstrava ser inevitável. A mensagem foi a seguinte:
“Boa tarde, senhores. Haja vista aumento de manifestantes em frente ao CN, o SCP solicita apoio de um Pel Choque ECD desde já… Estou com uma força de reação de 15 agentes”.
A sequência dos fatos está fartamente registrada em fotos e vídeos por toda a internet. A expectativa é de que sejam tomadas medidas severas contra os agentes públicos responsáveis pela negligência documentada ou pela incompetência na gestão da crise.
Com informações: Revista Veja, JCO.