Nesta quarta-feira (19/08), as gravações das câmeras de segurança do Palácio do Planalto foram divulgadas pela CNN Brasil e mostram a presença do chefe do GSI, Gonçalves Dias, dentro do Planalto no dia 8 de janeiro. As imagens mostram Gonçalves Dias e funcionários do GSI circulando entre os invasores no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Um dos funcionários do GSI conversa com invasores e os cumprimenta. Outro funcionário do órgão entrega água para um grupo de manifestantes.
As imagens revelaram ainda que Dias teria orientado a atuação das pessoas que invadiram e depredaram o Planalto. Nos vídeos, ele foi visto, às 16h29, sozinho no Palácio, caminhando pelo local e tentando abrir algumas portas. Depois, entra no gabinete presidencial e, em seguida, volta pelo mesmo corredor e conversa com os invasores para que deixem o prédio presidencial.
As gravações feitas pelas câmeras de segurança mostram também que os vândalos receberam garrafas de água e orientações para a saída do edifício. Também é possível ver que os objetos foram entregues por militares que trabalhavam no GSI na época. Os invasores ficaram por cerca de uma hora na porta do gabinete presidencial e não invadiram o espaço presidencial.
Em nota, o GSI afirmou que as imagens mostram a “atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto”.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) colocou sigilo de 5 anos sobre os vídeos da invasão ao Palácio do Planalto durante os atos do dia 8 de janeiro. A informação foi divulgada pelo site g1. Inicialmente, o GSI até divulgou alguns vídeos do circuito interno, como o que mostra a destruição de obras de arte. Porém, depois que chegaram pedidos para todo o material via Lei de Acesso à Informação (LAI), o GSI declarou o sigilo das gravações.
Na tarde desta quarta-feira, o general Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O pedido foi feito após reunião com Lula e chefes de outras pastas, no Palácio do Planalto.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) defendeu que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, deve ser preso. De acordo com o parlamentar, a prisão dele seria por conta de omissão nos atos do dia 8 de Janeiro. Dias estava dentro do Palácio do Planalto e interagiu com manifestantes que invadiram o prédio.
Nikolas Ferreira afirmou nas redes sociais que encaminhou uma notícia-crime contra Dias à Procuradoria-Geral da República (PGR). O deputado quer a PGR atuando junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela prisão de Dias.
Como embasamento para pedir a prisão do general, Ferreira citou a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, contra Anderson Torres.
Ex-ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública do DF quando houve as manifestações que culminaram nas invasões dos Três Poderes, Torres está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão. “No mesmo entendimento do Alexandre de Moraes, que decretou a prisão do Anderson Torres sob alegação de omissão na defesa dos prédios federais, estou pedindo a prisão do ministro do GSI, general Goncalves Dias, que estava dentro do palácio [do Planalto] no momento da invasão e claramente se omitiu”, afirmou Nikolas.
“Enderecei a notícia crime ao Procurador Geral da República para que atue junto ao Supremo por se tratar de um Ministro do governo Lula”, completou no Twitter.
Com informações: Gazeta Brasil, CNN Brasil