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Congresso dos EUA recebe pedido para regulamentar inteligência artificial

O CEO e cofundador da Open AI, desenvolvedora do programa de geração de texto ChatGPT, Sam Altman, pediu nesta terça-feira (16/05) ao Congresso dos Estados Unidos que regulamente o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial (IA).

Em uma apresentação diante de um subcomitê do Senado, Altman listou as aplicações benéficas da tecnologia, da medicina ao combate à crise climática, e estava confiante de que a IA pode ser usada para o benefício da humanidade. Mas esclareceu que a intervenção dos governos do mundo é necessária para garantir que essas ferramentas sejam desenvolvidas de forma a proteger e respeitar os direitos e liberdades dos cidadãos. “Acreditamos que os benefícios das ferramentas que desenvolvemos até agora superam os riscos“, defendeu o empresário durante a audiência.

No entanto, o cofundador da OpenAI expressou preocupação com os riscos que a tecnologia pode representar para o mundo se seu desenvolvimento não for monitorado. “Meu maior medo é que causemos danos significativos ao mundo“, disse Altman quando questionado sobre suas principais preocupações com a inteligência artificial. Ele acrescentou que “se essa tecnologia der errado, pode dar muito errado”. “Isso pode acontecer de muitas maneiras. Foi por isso que abrimos a empresa”, disse, acrescentando que sua empresa quer trabalhar com o governo para evitar que isso aconteça.

O depoimento de Altman ocorre em meio à preocupação por parte das autoridades dos EUA de que o rápido avanço das tecnologias de IA possa ter efeitos inesperados na sociedade. Os parlamentares citaram riscos, como a perda de empregos ou o uso de ferramentas de criação de conteúdo para gerar informações falsas.

Para ilustrar suas preocupações, o senador Richard Blumenthal, presidente da subcomissão de Privacidade, Tecnologia e Direito e promotor da audiência, exibiu uma gravação feita com inteligência artificial que havia sido escrita pelo ChatGPT, imitando o estilo e os principais focos de interesse do congressista. “Citando o ChatGPT, este não é necessariamente o futuro que queremos”, brincou Blumenthal no início do evento.

Altman admitiu que a IA provavelmente afetará o mercado de trabalho, mas se mostrou otimista de que, no longo prazo, a tecnologia criará mais e novos empregos do que destruirá. “Somos tremendamente criativos”, confidenciou o empresário.

Outra convidada do evento, a diretora de Privacidade e Confiança da IBM, Christina Montgomery, citou sua própria posição como um exemplo de trabalho que não existia antes do desenvolvimento da IA.

Altman também se mostrou aberto à sugestão de Blumenthal de que o governo desenvolvesse laboratórios independentes para testar a confiabilidade dos modelos de IA, e que eles lhes dariam uma nota semelhante à classificação nutricional dos alimentos.

O chefe da OpenAI admitiu que seus produtos ainda cometem erros, mas que com o tempo eles se tornarão cada vez mais confiáveis.

Outro dos senadores que conduziu a audiência, o republicano Josh Hawley, disse que a inteligência artificial é “uma das inovações mais significativas da história”, mas que ainda não está claro se será mais semelhante à invenção da imprensa ou da bomba atômica.

Os congressistas argumentaram que, embora seja verdade que a regulamentação pública é necessária, empresas de IA como a OpenAI não precisam esperar que o Congresso estabeleça mecanismos para controlar o desenvolvimento de tecnologia para mitigar danos.

No início do mês, o governo dos EUA anunciou que vai investir 140 milhões de dólares (128,85 milhões de euros ao câmbio de hoje) para estabelecer sete novos institutos de investigação de inteligência artificial que impulsionarão a inovação responsável e garantirão que os avanços tecnológicos servem o bem comum.

Os centros se juntarão aos 18 institutos de pesquisa em IA já em operação no país. Além disso, a Casa Branca anunciou que grandes empresas de IA concordaram em passar por uma avaliação pública de seus sistemas durante o evento hacker DEF CON 31, a ser realizado em Las Vegas no início de agosto.

Durante a convenção, milhares de participantes analisarão se esses sistemas estão alinhados com a Declaração de Direitos da IA proposta pelo governo dos EUA, que inclui princípios como privacidade de dados de usuários ou proteção contra algoritmos discriminatórios.

Com informações: EFE.

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