Na manhã desta quinta-feira (15/06), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) deflagrou a operação “CASCALHOS DE AREIA”, com o objetivo de investigar possíveis crimes de corrupção, peculato, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. A ação foi realizada pela 31ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e o Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC).
A empresa ALS, pertencente ao empresário André Luis Soares, conhecido como André Patrola, foi um dos alvos da operação. Além disso, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos da Capital também foi visitada durante o cumprimento dos 19 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado.
De acordo com o MPMS, a investigação teve início a partir de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) conduzido pela Promotoria de Justiça mencionada. As suspeitas recaem sobre uma possível organização criminosa que atuava na celebração de contratos para a manutenção de vias não pavimentadas e locação de maquinário de veículos junto ao Município. Estima-se que o valor total desses contratos ultrapasse os 300 milhões de reais.
Além da empresa ALS, a operação também está investigando a participação de cinco servidores públicos. Entre eles, destaca-se Edvaldo Aquino, coordenador do serviço de manutenção e tapa-buraco na Prefeitura, cujo celular foi apreendido durante a ação. Outro indivíduo detido durante a operação foi Adir Paulino Fernandes, por posse irregular de arma de fogo.
Durante a manhã, o grupo de trabalho liderado pelo Ministério Público permaneceu por algumas horas na Secretaria de Obras e Serviços Públicos, realizando diligências e coletando evidências relacionadas às acusações em questão.
A operação “CASCALHOS DE AREIA” reforça o compromisso do Ministério Público Estadual em combater a corrupção e proteger o patrimônio público. A partir das investigações em andamento, espera-se esclarecer os fatos e responsabilizar aqueles que tenham cometido irregularidades, assegurando a transparência e a lisura nos processos licitatórios e contratos públicos. As próximas etapas da operação envolverão a análise do material apreendido, depoimentos de testemunhas e aprofundamento das investigações para a conclusão do caso. O Ministério Público reitera o compromisso de garantir a justiça e a responsabilização dos envolvidos, visando preservar o interesse público e a confiança da sociedade nas instituições.
Com informações: Assessoria MPE