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Tempo seco causado pelo El Niño aumenta riscos de doenças respiratórias

Especialista destaca alguns cuidados a serem tomados com as mudanças climáticas provocadas pelo fenômeno meteorológico

O Brasil está enfrentando mudanças climáticas significativas devido à chegada do El Niño, um fenômeno meteorológico que provoca o aquecimento das águas no Oceano Pacífico e resulta no aumento do nível do mar. Essas alterações estão sendo observadas em todo o país, especialmente na região Centro-Oeste, onde o clima está mais seco e as temperaturas estão mais elevadas do que o normal.

O aumento do calor, termômetros registrando valores acima do habitual e a redução da umidade relativa do ar têm levado a um aumento considerável nos problemas respiratórios. O Ministério da Saúde alerta que esse período requer cuidados especiais, principalmente para pessoas que sofrem de doenças pulmonares crônicas e problemas relacionados ao coração.

A redução da umidade durante o período de seca pode levar à desidratação das membranas dos olhos, boca e nariz, o que proporciona condições favoráveis para a ação de agentes externos, como vírus, bactérias e poluentes provenientes de incêndios ou queimadas. Segundo a coordenadora do curso de Enfermagem do Centro Universitário Anhanguera, Sandra Demétrio Lara, isso pode resultar em doenças inflamatórias das vias respiratórias, como rinite, sinusite, irritações nas mucosas e, em casos mais graves, pode evoluir para influenzas, pneumonia, asma e outras doenças respiratórias.

A preocupação é ainda maior quando esses problemas afetam crianças e idosos devido à fragilidade de seus organismos, o que aumenta o risco de complicações. Portanto, é necessário redobrar os cuidados e procurar atendimento médico em uma unidade de saúde próxima caso haja mal-estar, febre, falta de ar ou dor de garganta.

A professora Sandra Demétrio Lara enfatiza a importância de tomar medidas preventivas durante os dias quentes. “É crucial aumentar a ingestão de água para garantir a hidratação, usar roupas leves e manter uma alimentação equilibrada. Além disso, é preciso consumir mais líquidos, proteger-se do calor do sol, manter o ambiente doméstico umidificado, limpar as narinas com soro fisiológico e hidratar adequadamente a pele com cremes e loções hidratantes, além do uso constante de protetor solar para evitar dermatites”, afirma.

A docente também destaca a importância de evitar locais com aglomeração de pessoas e manter os ambientes limpos e arejados, especialmente para crianças e idosos. O uso de umidificadores de ar pode ser benéfico, mas deve ser feito por curtos períodos para evitar a proliferação de mofo e é essencial manter a higiene adequada desses equipamentos.

Aqui estão algumas dicas para aliviar os sintomas dos problemas respiratórios durante esse período:

  • Aumente a hidratação, ingerindo mais água, sucos naturais e água de coco;
  • Opte por refeições leves com legumes e verduras, e consuma frutas nos intervalos das refeições;
  • Evite atividades físicas nas horas mais quentes do dia;
  • Use hidratantes para a pele e os lábios, que também sofrem com a baixa umidade;
  • Utilize soro fisiológico para hidratar as vias aéreas. Pingue algumas gotas no nariz para melhorar a respiração e, em caso de ressecamento dos olhos, é possível utilizar gotas para hidratação.

Diante desse cenário de mudanças climáticas e aumento dos problemas respiratórios, é fundamental que a população esteja ciente dos cuidados necessários para proteger sua saúde e buscar atendimento médico em caso de necessidade.

Com informações: Assessoria Anhanguera

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