A frente fria que chegou ao Centro Oeste brasileiro nesta sexta-feira provocou um grande temporal no final da tarde em Campo Grande. As imagens circularam nas redes sociais com enchentes registradas no córrego Prosa e na Avenida Afonso Pena, esquina com a Ceará. Uma grande academia de ginástica nesse cruzamento teve o estacionamento completamente inundado. Na avenida Ricardo Brandão também há registros de transbordamento do córrego na esquina com a rua Bahia.
A precipitação começou pouco antes das 15h30 e de acordo com o meteorologista Nathálio Abrahão Filho, até as 19h, o acumulado estava em 56,6 mm. Para este sábado e domingo há previsão de mais chuva na capital. O cálculo estimado é variando de 30mm a 35mm, o que acumularia 100mm em três dias. O esperado para todo o mês de março são 171,2mm. São as “águas de março fechando o verão”, mas não tão úmido como gostariam os agricultores do Estado. A falta de chuvas no centro-oeste brasileiro provocou a maior quebra de safra da história da produção de soja no país, chegando a 23,64 milhões de toneladas abaixo do potencial produtivo, de acordo com a revista Forbes.
As chuvas desta sexta-feira chegaram a todas as regiões de MS, animando os agricultores que já iniciaram o plantio da safrinha de milho. No entanto, o fenômeno de resfriamento das águas do Pacífico Central, chamado La Niña, começou a perder força no início de fevereiro e iniciou sua lenta trajetória em direção a seu fim! As previsões indicam que provavelmente ocorrerá um retorno das condições neutras no Pacífico durante o outono. O que deve manter o índice de precipitações de chuva nas regiões produtoras ainda abaixo do suficiente para uma boa safra, analisa o meteorologista.
