Durante sete meses a Cia Dançurbana percorrerá 11 cidades de Mato Grosso do Sul com o projeto ´III Edição – Circula Dançurbana´. O propósito é promover a fruição de espetáculos de dança, criados especialmente para as infâncias, e com isso sensibilizar e conscientizar os tutores e a sociedade em geral sobre a relevância da arte e da cultura para o desenvolvimento sensível e cognitivo das crianças. A abertura do projeto acontece nesta quarta-feira (30), às 9 horas, com a apresentação do espetáculo ´R.U.I.A – Realidade Ultrassônica de Invasão Aleatória´, no Centro Espírita Francisco Thiesen, na comunidade do Aero Rancho. A Circulação será realizada com o patrocínio cultural da MSGÁS, Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul.
Campo Grande, Sidrolândia, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Dourados, Rochedo, Jaraguari, Bandeirantes, Aquidauana, Corumbá e Três Lagoas são as cidades que vão receber as ações do projeto. Na capital, os espetáculos serão apresentados na comunidade do Aero Rancho (no Centro Espírita Francisco Thiesen), na comunidade do São Conrado (na sede da Cufa), na comunidade Aldeia Urbana Estrela da Manhã (bairro Noroeste) e na Casa de Ensaio (para o público em geral com audiodescrição). Já as cidades do interior receberão uma apresentação de cada espetáculo, encontros de mediação artística com crianças e adolescentes e oficinas para arte-educadores e professores.
“O projeto Circula Dançurbana é a continuidade do trabalho que a gente vem desenvolvendo nestes 20 anos de companhia, que é um diálogo constante e permanente com a comunidade em que fazemos parte. Há muitos anos desenvolvemos trabalhos com as escolas públicas e a comunidade e, fomentamos a formação de arte-educadores e professores. Então, esse projeto, é a concretização e a continuidade desse propósito”, destaca Marcos Mattos, diretor da Cia Dançurbana.
Espetáculos infantis foram criados para minimizar a carência de produção artística para o público infantil
Sobre a escolha de espetáculos infantis para a Circulação, Marcos explica que há muito tempo a companhia vem estudando a cultura da infância e que eles acreditam que as mudanças, os estímulos, começam desde cedo. “Nosso desejo é que cada vez mais crianças e adolescentes tenham contato com as Artes, em especial, neste caso, com a dança, para que eles consigam se sensibilizar e viver uma experiência de fruição artística. Sabemos que a maioria das pessoas muitas vezes não tem acesso as manifestações artísticas e culturais, então o nosso desejo é estar cada vez mais perto das pessoas”, completa.
Os espetáculos apresentados nesta circulação, ´K-ZUU´ e ´R.U.I.A – Realidade Ultrassônica de Invasão Aleatória´, são fruto da experiência da Dançurbana com a comunidade escolar. Para as criações destes trabalhos o grupo propôs a transversalidade de linguagens: poesia, brincadeiras, teatro, música, palhaçaria, contação de história e dança. Para tanto, o diretor e os intérpretes-criadores participaram de diversas oficinas e workshops. Em paralelo, a companhia fez uma ampla pesquisa bibliográfica, se aprofundou nos estudos e pôde descobrir mais sobre a infância por meio de uma linha de pensamento proposta por Rudolf Steiner, a Antroposofia, que discorre sobre a subdivisão da infância e da vida adulta em diferentes setênios (ciclos).
Criado para o público do primeiro setênio (crianças entre 0 e 7 anos), o espetáculo ´K-ZUU´ (nomeado em referência ao instrumento musical kazoo, a onomatopeia que sugere o som de alguns insetos e a imagem do casulo invólucro que protege alguns seres em processos de transformação) se inspira na imagem da metamorfose de uma lagarta para criar um ambiente referenciado pelo próprio ciclo da criança: o desenvolvimento do ser, unidade onde o que é físico, anímico e espiritual se misturam.
Voltado para crianças do segundo setênio (crianças entre 7 e 14 anos, período em que acontece o desenvolvimento das relações sociais, da memória cronológica, a compreensão da ligação entre causa-efeito…); o espetáculo ´R.U.I.A – Realidade Ultrassônica de Invasão Aleatória´ recria o recrear e lança mão de estímulos e objetos que são ressignificados e reinventados para propor um ecossistema habitado por criaturas mimológicas, brincadeiras e jogos da infância.
A Circulação será realizada com o patrocínio cultural da MSGÁS, Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul, via recursos provenientes de incentivo fiscal pelo imposto de renda da companhia, pela Lei de Incentivo à Cultura. “A MSGÁS entende que sua missão também é contribuir para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul em sua integralidade, e isso passa por questões importantíssimas como educação, arte e cultura. Esse projeto da Dançurbana nos despertou interesse por entendermos que é uma bela maneira e ótima ferramenta de levar cultura a crianças em diversas regiões do Estado. Educar por meio da arte, abrir um horizonte de oportunidades e conhecimento ao futuro da nossa sociedade”, ressalta o diretor-presidente da MSGÁS, Rui Pires dos Santos.
O diretor da Cia Dançurbana destaca a importância desse patrocínio para a execução do projeto: “A MSGÁS é uma parceira muito especial, uma empresa de Mato Grosso do Sul, uma empresa que está preocupada com o desenvolvimento social, comunitário e com o bem-estar da população. Esperamos que nossa parceria seja longa e que a gente consiga desenvolver mais e mais Eu venho fazer o jornal para a comunidade”.
O Circula Dançurbana é patrocinado pela MSGÁS e realizado pela Cia Dançurbana, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal com as parcerias da Central Única das Favelas de Campo Grande-MS e da Casa de Ensaio. Mais informações em www.dancurbana.com.br/, Fanpage ou pelo Instagram .
Com Informações: ASCOM