As eleições deste ano têm dois cenários distintos em MS. Para a presidência da República, o cenário continua polarizado entre a reeleição do presidente Jair Bolsonaro e a do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Outros nomes que já se apresentaram apontam não ter fôlego suficiente para serem considerados na disputa. O mesmo já não acontece quando o cargo em vista é o de governador do Estado.
Os nomes mais fortes já se definiram como pré-candidatos na disputa. O ex-governador André Puccinelli deve ser o nome indicado pelo MDB. A ex-vice-governadora e atual Deputada Federal, Rose Modesto, é pré-candidata pelo União Brasil, partido criado com a fusão de PSL e Democratas. O agora ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, renunciou ao mandato de chefe do Executivo da capital para se lançar candidato ao governo pelo PSD. Já o Secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel é o pré-candidato do PSDB à sucessão do chefe, o governador Reinaldo Azambuja.
Nesta semana, o ex-governador e atual Deputado Federal, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, anunciou que não pretende mais concorrer ao governo do Estado nas eleições deste ano. Zeca está com 72 anos e tem sua trajetória política ligada ao Partido dos Trabalhadores, do qual é um dos fundadores. Foi deputado estadual por dois mandatos, governador do Estado por dois mandatos, vereador em Campo Grande e deputado federal. Em nota à imprensa divulgada na quarta feira (06/04), o presidente do PT/MS, Vladimir Ferreira informou que o ex-governador retirava sua pré-candidatura ao governo de MS por motivos particulares. No mesmo comunicado, anunciou o debate entre as forças políticas internas do partido para apresentar uma nova candidatura para garantir um palanque para o ex-presidente Lula, na campanha presidencial.
Já o Partido Liberal, ao qual se filiou o presidente Jair Bolsonaro para concorrer à reeleição, pode ter candidato próprio ao governo de Mato Grosso do Sul, se assim for o desejo do presidente Jair Bolsonaro e da executiva Nacional do Partido. Foi o que afirmou o presidente regional do PL, Rodolfo Nogueira, em entrevista ao Jornal da Hora nesta quinta-feira (07/04). Nogueira não descartou que o partido tenha candidatura própria em Mato Grosso do Sul, apesar de afirmar que a prioridade é eleger deputados Federais, Estaduais e Senadores. Apesar disso, ele pontua que o partido tem grandes nomes, como Loester Trutis, João Catan e Coronel David. Em resumo, os dois partidos que têm os principais nomes na disputa presidencial ainda não têm nomes em Mato Grosso do Sul para oferecer palanque regional, tanto para Lula quanto para Jair Bolsonaro. Isso não impede que os pré-candidatos já definidos manifestem alinhamento político a um ou outro candidato à presidência da República, o que ainda não aconteceu.