O feriado da “Paixão e morte do Senhor Jesus Cristo” teve grande movimentação no período da tarde. O horário das 15h é considerado sagrado para os católicos no mundo todo porque teria sido nesta hora que Jesus Cristo teria morrido após a crucificação. Por este motivo, todas as celebrações litúrgicas nas igrejas católicas são realizadas neste horário ou próximo dele.
Teatro de fé — No Instituto Salesiano São Vicente – Lagoa da Cruz, os seminaristas salesianos encenaram os momentos de dor e sofrimento de Jesus Cristo no período da manhã. Apesar de ser um seminário fechado, a apresentação pode ser acompanhada por muitos leigos de comunidades próximas, além dos familiares dos seminaristas e religiosos da Família Salesiana. O espetáculo de fé foi acompanhado com grande piedade por todos os presentes.
Tríduo Pascal — A Sexta-Feira Santa é o segundo dia do Tríduo Pascal, que inicia na Quinta-Feira Santa à noite e termina com a celebração da Missa após a Vigília Pascal. Na Sexta-Feira Santa, os cristãos recordam a condenação, prisão, paixão e morte de Jesus na Cruz. Na Sexta-Feira Santa, é o único dia do ano em que a Igreja não celebra missa, mas é feita uma ação litúrgica de memória de todo o caminho percorrido por Jesus até a morte na cruz.
A Celebração — Diferentemente das missas tradicionais, a celebração da Sexta-feira Santa inicia-se em silêncio, pois a Igreja nesse momento está em profunda oração. Aquele que preside a celebração, se prostra diante do altar e os demais ministros se ajoelham. Não tem os ritos iniciais como de costume, e depois de um instante de silêncio, o presidente da celebração profere a oração do dia. Outros momentos diferentes desta celebração são a chamada “Prece Universal” — em que os fiéis rezam nominalmente por toda a Igreja, pelos Judeus, pelos ateus, pelas pessoas de outras religiões, pelos doentes e falecidos e também pela paz no mundo — e a “adoração da cruz”, em que os presentes são convidados a beijar a imagem do crucificado, apresentada e posicionada à frente da assembleia. Nos últimos dois anos, este momento não foi realizado nas igrejas por causa da questão sanitária. Neste ano, nas igrejas onde o gesto foi realizado, a imagem era desinfetada com álcool a cada beijo recebido.
Emoção — Uma cena comum nessas celebrações é a de pessoas emocionadas por reviverem uma situação de fé marcante que remete ao contexto de sofrimento e dor, inseridos no mistério de fé. Na capela do Colégio Dom Bosco, muitas pessoas saíram emocionadas da celebração. A emoção foi potencializada com a realização da chamada “Procissão do Encontro”, que revive o momento em que a mãe de Jesus Cristo encontra a procissão que leva o corpo de seu filho morto para o sepulcro.
Indulgência — “Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos” (Norma 1 do Manual das Indulgências). Durante o Tríduo Pascal os fiéis podem ganhar para si ou para os defuntos o dom da Indulgência Plenária se realizarem algumas obras estabelecidas pela Santa Sé, tais como a participação nas celebrações litúrgicas do dia, receber os sacramentos e praticar a caridade.
Santuário N.S. do Perpétuo Socorro — Neste ano, especialmente, o Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, concederá Bênção Apostólica com Indulgência Plenária na Missa deste domingo de Páscoa, às 10h, no Santuário Estadual de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A Bênção foi concedida pelo Papa Francisco por meio de dois decretos, em decorrência da celebração do Ano Jubilar do Perpétuo Socorro que acontece entre os dias 3 de agosto de 2021 e 11 de julho de 2022, data que marca os 100 anos da criação das Novenas em honra à Mãe do Perpétuo Socorro. Este é um momento único para que os fiéis possam celebrar de forma mais profunda o Ano Jubilar.
