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Arara morre eletrocutada em fio de alta tensão e deixa bairro sem luz em Campo Grande

Ave era da espécie 'canindé', a mais presente na região urbana da cidade

Uma arara da espécie ‘canindé’ tocou um fio de alta tensão no bairro São Francisco, em Campo Grande, no final da tarde desta quarta-feira. Ela morreu eletrocutada e ficou presa à fiação aérea, próxima ao poste de sustentação da fiação. Com a ocorrência, parte do bairro São Francisco, nas imediações da rotatória do cruzamento entre as avenidas Euler de Azevedo com Ernesto Geisel, ficou sem energia elétrica.

A arara estava acompanhada de sua parceira que também ficou ferida. Uma unidade da Polícia Militar Ambiental foi chamada para socorrer a ave sobrevivente. Também uma unidade da concessionária de energia também foi acionada para fazer os reparos na fiação e restabelecer o fornecimento de energia na região

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A arara que sobreviveu ficou agarrada à cerca e foi recolhida pela PMA. Foto: Marcelo Alves Teixeira

As araras já são parte do cenário da capital de Mato Grosso do Sul há mais de 20 anos. A espécie, que não é nativa desta região do Estado, chegou à cidade no final do ano de 1999 e início do ano 2000, após um grande incêndio em áreas de floresta na região de Maracaju, onde é o habitat original da espécie. Na área urbana da capital, as aves encontraram abrigo e alimentação fartos, devido a grande quantidade de árvores frutíferas e castanheiras existentes na cidade, tanto no perímetro urbano quanto na área rural. Sem outras espécies predadoras que pudessem afugentar, as aves ganharam proteção também da população e passaram a se reproduzir facilmente nos espaços encontrados.

O acolhimento às araras em Campo Grande ganhou uma grande ajuda com o Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade, idealizado e coordenado por Neiva Guedes, do Instituto Arara Azul, que faz o monitoramento de ninhos na capital. De acordo com a pesquisadora, até o ano passado já havia mais de 300 ninhos cadastrados em área urbana da capital. “Campo Grande virou um centro de reprodução e hoje filhotes que nascem aqui permanecem o ano inteiro ou dispersam para o interior do Estado”, declarou Neiva em entrevista ao site “Conexão Planeta”, em março de 2021.

No ano passado, Campo Grande ganhou o título de “Capital das Araras”, através de uma Lei Municipal que instituiu o reconhecimento ao município, “em razão de várias espécies de araras que escolheram a cidade como seu habitat e que, diante da sua importância para a fauna local, refletem a necessidade de conservação da biodiversidade e a proteção do meio ambiente”.

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