O avião de pequeno porte entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização e foi classificada como suspeita na tarde de domingo (03/07). Dois caças A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptaram a aeronave ainda no espaço aéreo de Mato Grosso do Sul. Segundo nota divulgada pela FAB, após tentativas de contato sem resposta, os militares efetuaram o que prevê a legislação brasileira, efetuando o chamado tiro de detenção com o propósito de atingir o alvo.
O avião acabou fazendo um pouso forçado no Interior de São Paulo, próximo às cidades de Jales e Pontalinda, a 489 quilômetros da Capital sul-mato-grossense. Duas pessoas conseguiram fugir antes da chegada de agentes da Polícia Federal. Na aeronave, foram encontrados cerca de 500 quilos de pasta-base de cocaína.
A aeronave com avarias foi transportada em um caminhão, com o apoio do corpo de bombeiros, polícia militar e DER até o aeroporto municipal de Jales onde permanecerá à disposição da justiça.
A FAB afirmou que a ação faz parte da Operação Ostium, para coibir ilícitos transfronteiriços, em que a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal atuam conjuntamente.
Segundo informações postadas pela deputada federal do Distrito Federal, Bia Kicis (PL) em uma rede social, o piloto Nélio Alves de Oliveira, que pilotava o avião interceptado com meia tonelada de cocaína, já havia sido condenado em 2014 a 21 anos de prisão por tráfico internacional de cocaína, mas estava em liberdade desde dezembro de 2018 por causa de habeas corpus concedido pelo ministro do STF, Ricardo Lewandowski. Na decisão, o ministro entendeu que o traficante deveria aguardar em liberdade até o “trânsito em julgado”.
Neste domingo (2), Nélio de Oliveira pilotava o avião que fez pouso forçado em uma lavoura de cana de açúcar no município de Ivinhema após ser perseguido por caças e helicópteros da Força Aérea Brasileira. Dentro do avião estavam 489 quilos de cocaína pura e 30 quilos de pasta-base de cocaína, escreveu a parlamentar em sua rede social.