O inquérito sobre a morte da pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, ocorrida no dia 28 de julho deste ano, em Campo Grande, foi concluído nesta segunda-feira (08/08)
As investigações constataram que os autores, Lucimara Rosa Neves, de 43 anos e sua filha, Jéssica Neves Antunes, de 24 anos, e Pedro Ben-Hur Ciardulo, “em prévio ajuste de vontades e comunhão de esforços, agiram com a finalidade de constranger, mediante grave ameaça – exercida com um simulacro de arma de fogo e uma faca -, a vítima a realizar uma transferência bancária no valor R$ 50.000,00. Tal quantia seria creditada na conta de Jéssica, que posteriormente sacaria os valores, a pretexto de ter sido obrigada por supostos “assaltantes”. A quantia seria repartida entre os autores, de modo que Lucimara ficaria com R$ 30.000,00 e Pedro e Jéssica com R$ 10.000,00, cada um” descreve o relatório policial.
O relatório da polícia ainda descreve que, diante da reação da vítima, Andreia acabou sendo morta mediante asfixia, tendo os autores subtraído objetos eletrônicos – 01 Macbook, 02 celulares da marca Iphone e uma caixa de som da marca JBL -, avaliados em R$ 15.500,00.
De acordo com o delegado Francis Flávio T. A. Freire, durante a investigação ficou claro que o crime foi planejado no dia anterior e, inclusive, momentos antes do crime, Lucimara tirou o cachorro da vítima da residência e o deixou num pet shop, para que não dificultasse a ação criminosa.
Fotos: Divulgação DERF
Na fossa da casa de Jéssica, situada na Rua Francisco Galvão Paim, Bairro Cristo Redentor, foram encontradas duas carcaças dos aparelhos celulares da vítima, além de pedaços de fita supertape, idênticas àquelas encontradas no local do crime e utilizadas para amarrar a pecuarista. Nos fundos do imóvel, num terreno baldio, os policiais também encontraram carcaças dos aparelhos celulares de Lucimara e Jéssica.
Em poder de Pedro Bem-Hur, os policiais também apreenderam o notebook e uma caixa de som subtraídos da residência da vítima, além de uma calça, um casaco, um boné e uma faca, tudo utilizado pelo autor durante o delito.
Entre as perícias, a autoridade policial requisitou o exame de DNA, visando confrontar o material biológico subungueal da vítima e o material colhido do pano encontrado no local de crime.
A investigação ainda apontou que o ato de violência – simulação de “roubo” – foi ideia de Lucimara, que agenciou sua filha Jéssica e seu cunhado Pedro Bem-Hur, sem aquiescência ou adesão comprovada por parte da irmã da vítima.
A irmã da vítima confirmou que ofereceu dinheiro à Lucimara, sua antiga funcionária, a fim de intermediar um acordo com Andreia. A irmã alegou que, através da antiga funcionária, pretendia se ajustar com Andreia, já que advogados da vítima colocavam óbices nas transações familiares, negando conhecimento que a vítima sofreria “susto” ou qualquer violência.
Os autores foram indiciados pelo crime de latrocínio consumado, sendo o procedimento investigatório encaminhado ao Poder Judiciário.
Com informações: Assessoria DERF
