O teste de integridade das urnas eletrônica, realizado no dia de votação, deve acontecer usando a biometria de eleitores reais, conforme “sugeriram” os técnicos das Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral. Nesta quinta-feira (01/09) a corte informou que técnicos do TSE e das Forças Armadas deverão elaborar um projeto piloto para implementar a medida. No entanto, não foi divulgada a previsão de duração dos trabalhos.
O acordo foi fechado após o presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, receber em seu gabinete o ministro da Defesa, General Paulo Sérgio Nogueira, na manhã desta quarta-feira (31/08). A reunião teve a participação de técnicos militares e do secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente, além de membros da equipe de comunicação do tribunal.
Até o momento, o TSE vinha recusando a medida, alegando que, entre outros problemas logísticos, haveria o risco de fragilizar o sigilo do voto dos eleitores voluntários. “A importância da manutenção da realização do Teste de Integridade que ocorre desde 2002 como mecanismo eficaz de auditoria foi ressaltada por ambas as áreas técnicas, que apresentarão, em conjunto, a possibilidade de um projeto piloto complementar, utilizando a biometria de eleitores reais em algumas urnas indicadas para o referido teste”, informou o TSE.
De acordo com o tribunal, Nogueira reconheceu a eficácia dos testes de verificação da urna eletrônica, inclusive naqueles realizados com o modelo mais recente UE2020, feitos pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ficou acordado que os resultados serão apresentados em evento público a ser organizado com integrantes da CTE.
O TSE também se comprometeu a dar maior destaque à divulgação de todos os boletins de urna do país, para que os votos possam ser somados paralelamente por partidos, candidatos e quem mais tiver interesse.
Com informações: JCO e TSE