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Tecnologia é aliada para quem sente dores constantes e busca qualidade de vida

Especialista explica sobre aparelhos e tratamentos que trazem alívio da dor

Um dos ditados mais famosos para quem pratica esporte, seja profissionalmente ou para a qualidade de vida, é o “no pain, no gain”, traduzido livremente para o Português como “sem dor, sem ganho”. A frase que nasceu do fisiculturismo foi, aos poucos, sendo adotada por praticantes de outras modalidades e você já deve ter visto alguém postar nos stories do Instagram uma ida à academia seguida do lema.

Mas, longe dessa superestimação, sentir dor pode ser uma das situações mais desconfortáveis para a grande maioria das pessoas, sobretudo, quando se trata de uma dor crônica, ou seja, aquela que dura ou se repete por meses ou anos. Segundo a Federação Latino-Americana de Associações para Estudos de Dor, estima-se que 39% da população brasileira sofra de dor crônica.

Segundo o médico ortopedista Renô Dória, especialista em joelho, ombro e cotovelo, e em medicina do esporte, as dores crônicas podem acarretar incômodos constantes, problemas no sono, alterações psicológicas, redução da independência física em idosos, queda do rendimento no trabalho, comprometimento da performance esportiva, interrupção da prática de atividade física e até mesmo a não participação em uma competição programada. “Identificar a causa da dor é fundamental para instituir o tratamento adequado. Tratar a dor, porém, pode viabilizar o tratamento da causa primária. Uma dor lombar, por exemplo, em que a causa primária é fraqueza muscular, mas o paciente não consegue fazer fortalecimento pela dor. Nisso, os aparelhos são aliados, tirando a dor e, assim, possibilitando que o paciente fortaleça a musculatura, trazendo qualidade de vida e mais conforto para ele”, explica.

Olhar 67 - Tecnologia é aliada para quem sente dores constantes e busca qualidade de vida
Dr. Renô Dória / Foto: Assessoria

A tecnologia pode ser uma grande parceira nessa missão, com o uso inclusive de aparelhos. Pensando nisso, o médico aposta em três novos aliados: a Terapia por Ondas de Choque Focal, o Sistema Super Indutivo (SIS) e o Laser Robótico de Altíssima Intensidade, também conhecido como Laser HIL. Eles podem ser usados tanto por atletas profissionais, quanto praticantes de modalidades esportivas ou mesmo pessoas que não se encaixem nesses perfis, mas que sofram de dores. “A ideia é que o paciente tenha acesso a um tratamento que pode levar ao alívio imediato da dor, no consultório, sem necessidade de intervenção cirúrgica”, explica o doutor Renô Dória. Além disso, ele afirma que outras vantagens são a capacidade de proporcionar relaxamento muscular, eliminação de calcificações e regeneração tecidual.

A Terapia por Ondas de Choque Focal atua não só nas dores crônicas, mas também nas semicrônicas e nas agudas. Sua indicação é para dores nos ombros, tendinopatias, esporão de calcâneo, fascite plantar e o cotovelo de tenista, causado por movimentos repetitivos do pulso e do braço. Essa terapia utiliza um aparelho que libera ondas de choque (não causa “choque”, pois o termo utilizado aqui vem do inglês shock, que significa impacto, e não “choque”), iniciando o processo de cura óssea, tecidual e muscular. Já o SIS, atinge todos os tecidos (neurais e musculares). Além de ser indicado para o alívio da dor, é ideal para síndrome do túnel do carpo, regeneração nervosa, hérnia de disco e tendinopatia patelar. Além disso, atua na cicatrização óssea, na redução da espasticidade, na mobilização articular, na prevenção da atrofia muscular e até na melhoria respiratória. “Um ponto interessante do SIS, é que tudo é realizado pelo campo magnético, assim o equipamento não precisa estar em contato com a pele”, pontua Renô.

O Laser HIL é utilizado principalmente na ortopedia e em fechamentos de feridas. Ele combina os tratamentos à analgesia, ao anti-inflamatório e também a fotobiomodulação, um tipo de regeneração tecidual. Sendo assim, o HIL deve ser a primeira escolha para o tratamento da dor musculoesquelética resultante de condições pós-traumáticas e crônicas, e também no caso de intervenções cirúrgicas e condições inflamatórias. “O alívio da dor é obtido pela onda fotomecânica quando utilizada no modo pulsado com alta potência. Ela estimula as terminações nervosas espessas, bloqueia a transmissão de dor e causa alívio imediato. Esse alívio imediato da dor permite aos pacientes passarem à próxima fase do processo de recuperação e diminuir a imobilidade”, explica o ortopedista.

A partir dessa semana, os três aparelhos e tratamentos estarão disponíveis na clínica onde o ortopedista atua. “Eles são aplicados no próprio consultório e, dependendo do da indicação, em poucos minutos. Os efeitos são notados já ao final da sessão. Não há necessidade de um preparo prévio e todo o processo é indolor”, afirma.

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