A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou nesta quinta-feira (23/03) que o ciclone Freddy matou pelo menos 605 pessoas em Moçambique, Malawi e Madagascar. Esse número de mortes ainda pode aumentar, porque 282 pessoas continuam desaparecidas.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) advertiu hoje que “a ameaça da cólera está crescendo rapidamente para as crianças e famílias” em Moçambique, que já sofria com um surto da doença antes da passagem do Freddy.
“As inundações causadas pelo ciclone Freddy, agravadas pela interrupção dos serviços de água, saneamento e higiene, estão provocando uma rápida aceleração no número de casos de cólera”, disse a UNICEF em comunicado.
Os casos relatados “quase quadruplicaram, a cerca de 10,7 mil desde o início de fevereiro” e foram comunicados “mais de 2,3 mil casos somente na última semana“, acrescentou a agência da ONU.
O balanço foi feito pela diretora da OMS para África, Matshidiso Moeti, durante entrevista online sobre a crise humanitária provocada pelo ciclone Freddy.
Ela informou que o temporal feriu 1,4 milhão pessoas nos três países e destruiu mais de 300 unidades de saúde, “sobrecarregando a capacidade dos sistemas de saúde” dos países afetados.
Com informações: DW