Todos os pedidos da Polícia Federal e as decisões justificadas relacionados à investigação sobre o plano do PCC de atacar o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) tiveram o acesso liberado nesta quinta-feira (23/03) pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba. A magistrada tomou a decisão de tirar o sigilo do processo pouco depois das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugerindo uma possível “armação” do ex-juiz da Lava Jato no caso. A magistrada solicitou que a área de comunicação da Justiça Federal encaminhasse aos órgãos de imprensa os pedidos policiais e as decisões sobre prisões e buscas.
A liberação de acesso aos documentos foi dada por volta das 15h. Pouco antes, sem apresentar provas, Lula declarou, em um discurso no Rio de Janeiro, que a investida do PCC contra Moro era “visível armação”. “Eu não vou falar porque acho que é mais uma armação do Moro. Quero ser cauteloso, vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro”, falou o presidente.
A atuação da magistrada também foi colocada sob suspeita pelo chefe do executivo federal. “Vou pesquisar o porquê da sentença. Fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele”, emendou.
Em operação nesta quarta-feira (22/03), autorizada pela juíza, a Polícia Federal prendeu nove pessoas. Além de homicídio, os suspeitos pretendiam sequestrar autoridades públicas. Os agentes policiais registraram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Além de Moro, a esposa dele, Rosângela, e os filhos do casal, estavam também na mira dos criminosos.
Com informações: Revista Oeste