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Fratura do punho: causas, sintomas e tratamentos

Especialista em mãos, o ortopedista Dr. Felipe Roth explica procedimentos e cuidados em casos de fratura do rádio distal

Andar de bicicleta, patins e skate, praticar esportes como futebol e basquete. Nossa vida, desde a infância, é cercada de atividades físicas, sejam elas para diversão, competição ou cuidado com a saúde. E junto de tanta ação, vez ou outra, acontecem pequenos acidentes. Um joelho ralado, um tornozelo inchado e, em casos mais sérios, não raro, podem ocorrer fraturas em ossos mais frágeis ou que se localizam em regiões mais expostas a impactos durante quedas.

A fratura do punho, também conhecida como rádio distal, é uma lesão que ocorre quando o osso interno do antebraço, o rádio, se quebra perto da extremidade do punho. Isso pode acontecer devido a uma queda, um impacto direto no punho ou por esforço excessivo na região e pode ocorrer em pessoas de todas as idades.

No entanto, existem alguns grupos que apresentam maior risco de sofrer esse tipo de lesão. Por exemplo, idosos com osteoporose têm ossos mais frágeis e são mais propensos a sofrer fraturas, incluindo a rádio distal. Além disso, atletas que praticam esportes com risco de queda ou contato, como o motocross e vôlei, também podem sofrer essa lesão.

Os sintomas mais comuns da fratura do punho incluem dor intensa no local, inchaço e deformidade do punho. Alguns pacientes também podem sentir dificuldade em mover a mão ou os dedos.

Como tratar a fratura do rádio distal?

O tratamento da fratura do punho depende da gravidade da lesão. Em alguns casos, a lesão pode ser tratada com o uso de uma tala ou gesso para imobilizar o punho enquanto o osso se cura, o que seria um tratamento não cirúrgico. Já em fraturas mais graves, pode ser necessária uma intervenção para fixar o osso quebrado com placas, fios de aço ou parafusos.

Existem alguns critérios utilizados pelo profissional em ortopedia que serão determinantes na decisão de qual será o método de tratamento da fratura. São eles:

Idade maior 60 anos;
Se a fratura é articular;
Se a fratura tem outra lesão associada;
Se o ângulo de deslocamento do rádio está muito alterado, mesmo após uma redução;
Se existe fragmentação da parte dorsal do rádio distal.

Caso o paciente apresente ao menos três dos critérios acima, a cirurgia é o caminho mais adequado.

Essa metodologia é usada pelo ortopedista, pois a região do punho é complexa. Em muitas situações a fixação com gesso e talas pode perder o alinhamento devido à mobilidade do punho. Assim, a avaliação é necessária para conseguir o melhor resultado para a recuperação do paciente.

A colocação de tala e gesso é comumente indicada nas fraturas do punho que envolvam crianças. Na infância, os ossos podem se remodelar e se adaptar mais facilmente após uma fratura, permitindo uma recuperação mais rápida e eficaz. Crianças também tendem a ter tecidos mais elásticos do que adultos, auxiliando na adaptação e acomodação do gesso ou tala, assim, poucos casos infantis têm a necessidade de hastes ou fios de aço. O tratamento sem cirurgia leva de quatro a seis semanas, variando conforme a recuperação do paciente.

Cirurgia e recuperação

Caso o paciente tenha ao menos três dos critérios necessários, o médico ortopedista avaliará o método mais adequado ao caso, em alguns casos sendo utilizados métodos combinados para melhorar a fixação e o resultado. Segundo o médico ortopedista, Dr. Felipe Roth, a intervenção pode ser feita com incisão pelo lado de dentro do pulso (volar) ou em múltiplos acessos, dependendo do trauma. Ainda segundo Roth, especialistas podem utilizar a artroscopia para essas situações, que é menos invasiva e acelera a reabilitação do paciente. Também, a colocação de placas dispensa o uso de gesso, facilitando a recuperação dos movimentos.

Olhar 67 - Fratura do punho: causas, sintomas e tratamentos
Dr. Felipe Roth – médico ortopedista / Foto: Assessoria

Após a cirurgia para tratar fraturas do rádio distal, o paciente deve utilizar uma tala no antebraço e na palma da mão durante 1 a 2 semanas, até a remoção dos pontos, normalmente 14 dias após o procedimento. Durante a primeira semana, é comum que o paciente já possa iniciar a reabilitação com fisioterapia. Nessa fase, o objetivo é controlar a cicatrização e prevenir o inchaço por meio de massagens e exercícios de drenagem. Posteriormente, a reabilitação continua com exercícios para ganho de movimento e, por fim, para fortalecimento articular.

Paciente satisfeito

Elizabete M. Ravanello, realizou cirurgia no punho com o Dr. Felipe Roth, em novembro de 2022. Após fraturar o rádio distal direito, ela procurou o médico ortopedista, que por meio de radiografia identificou uma fratura complexa. Assim foi necessário o uso de fios de Kirshner, perfurador e a colocação de placa. De acordo com Elizabete, após a cirurgia fora duas semanas somente trocando curativos, que ela considerou o momento mais crítico. Após, foram iniciadas as sessões de fisioterapias e a melhora gradual.

“Hoje, passados 4 meses, posso dizer que ainda tenho algumas restrições, pois sou destra. Mas graças a Deus e ao trabalho do Dr. Felipe, só tenho a agradecer pelo ótimo atendimento que ele dedica a seus pacientes. Ele é um médico que faz questão de acompanhar todas as sessões de curativo, gosta de saber como seu paciente está. Com certeza não hesitaria em indicar a algum familiar ou amigo que precise de um atendimento profissional, mas acima de tudo humano!”, enfatiza Elizabete, que é categórica ao falar: “além de um excelente médico, ele tem a humildade de reconhecer que Deus (o médico dos médicos) é o que o conduz!”

Com colaboração: Vivianne Nunes

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