A Cia de Dança do Pantanal e a OCAMP (Orquestra de Câmara do Pantanal) desembarcam no Rio de Janeiro para apresentar Guadakan, criado e apresentado pelo Instituto Moinho Cultural Sul-Americano. Serão duas apresentações, no dia 22 de junho, às 15h e às 19h, no Teatro Odylo Costa, filho – UERJ Maracanã. Os ingressos são gratuitos e já estão disponíveis no link: https://www.sympla.com.br/produtor/teatrosuerj?gclid=Cj0KCQjw7aqkBhDPARIsAKGa0oLKwU8MQgFvfnltnY_hmRrSEvCWoysIqRmP8dxk4gEkIw15OQ8Yi-EaAltsEALw_wcB
A sessão das 15h faz parte da série Palco das Escolas, que visa a atrair os estudantes do ensino fundamental e médio a frequentar o Teatro. Após a sessão, haverá uma conversa sobre o espetáculo apresentado.
Com classificação para 10 anos, a aula pública Guadakan foi apresentada pela primeira no evento Moinho In Concert, em Corumbá, em dezembro do ano passado e foi adaptada para o formato de turnê. Cerca de 4 mil pessoas já assistiram essa apresentação, somando o público de Corumbá, onde fica a sede do Moinho Cultural, além de Campo Grande, Dourados e Ponta Porã, todos em Mato Grosso do Sul.
“Pela primeira vez, em formato de aula pública, produzida inicialmente para o Moinho In Concert, é apresentada em outro estado. Na verdade, Guadakan representa um marco na nossa história. Foi produzido no ano em que celebramos 18 anos do Moinho Cultural e é nosso primeiro trabalho que saímos em turnê, primeiro dentro do nosso estado e, agora, chegamos com ele ao Rio de Janeiro”, afirma a diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon.
Concebido a partir de um mito Guató, a aula pública une dança contemporânea e orquestra. Diante do mito de Guadakan, a apresentação leva todos a uma reflexão:
No princípio, era a simplicidade. Os antigos aprenderam e passaram a ensinar aos seus que tudo tem um dono no Pantanal, estes são seres não humanos, sobrenaturais ou divinos que devem ser respeitados e exigem uma conduta ética para que ali todos possam viver em equilíbrio com os recursos por eles oferecidos. Quando se quebram regras, punições serão proferidas. No presente, mais de 17 milhões de animais vertebrados foram mortos.
A concepção cênica e direção geral é de Márcia Rolon, arranjos e adaptação musical de Eduardo Martinelli. A regência fica por conta de José Maikson, a narração do mito por Arce Correia, a coreografia é de Chico Neller e os figurinos de Luiz Gugliatto.
Márcia Rolon explica que Guadakan é intenso e necessário. “Vivenciamos nesta década as maiores queimadas já registradas no Pantanal. O Brasil, agora, já se prepara para sediar a COP30. O mundo discute o aquecimento global e os impactos sobre as nações. E o Pantanal clama por socorro. Como pantaneiros e sul-mato-grossenses, sabemos da urgência de olhar para o que é nosso e de todos os brasileiros. Por meio da arte e toda a provocação que ela carrega consigo, estamos rompendo os espaços para lembrar a todos de que o Pantanal precisa de nós”, destaca.
São parceiros deste evento, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e Departamento Cultural da UERJ. Na produção: Divisão de Teatro e Laboratório de Acessibilidade Cultural. Promoção: CTE, Rádio UERJ e Rádio Roquette Pinto.
Já ações completas do Moinho Cultural, contam com o patrocínio máster via Lei de Incentivo à Cultura do Instituto Cultural Vale, bem como, patrocínio da Bellalluna Participações LTDA, Energisa, BRINKS, BTG Pactual, CaraÍ Empreendimentos LTDA, HINOVE e Rodobens. Conta também com o apoio cultural do Instituto FAR, o fomento do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, além da parceria com a J.Macêdo e Fecomércio MS-SESC.
São parceiros institucionais a Prefeitura de Corumbá, Prefeitura de Ladário, Prefeitura de Puerto Suárez, Prefeitura de Puerto Quijarro, Instituto Homem Pantaneiro, IFMS, UFMS, Acaia Pantanal e outros doadores pessoa física e jurídica.
Saiba mais sobre o Instituto
O Moinho Cultural é uma OSC que oferece há 18 anos, para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Corumbá, Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro, aulas de dança, música, tecnologia e informática. A formação continuada oferecida pela instituição tem duração de até oito anos. O Moinho também atua na formação de intérpretes criadores para jovens e adultos, com a Companhia de Dança do Pantanal, Orquestra de Câmara do Pantanal e Núcleo de Tecnologia. A missão da instituição é diminuir a vulnerabilidade social na região de fronteira Brasil-Bolívia, por meio do acesso a bens culturais e tecnológicos. Desde o início das atividades, mais de 23 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pelo Moinho.
Palco das Escolas
O projeto Palco das Escolas, reiniciado em 2009, promove o acesso à arte e cultura através da produção de apresentações artísticas de Companhias de Teatro, Dança, Grupos de Música, destinadas prioritariamente para estudantes da rede pública. Fato que deve ser ressaltado pela sua magnitude em termos sociais, fornecendo o acesso aos bens artísticos-culturais aos estudantes em formação acadêmica e sensível. O Projeto tem uma função essencial dentro das ações da UERJ pela produção, divulgação e socialização de conhecimentos, através dos quais a universidade pública constitui vínculos reais com a comunidade/sociedade, contribuindo para a potencialização da sensibilidade, sociabilidade e ampliação das dimensões culturais dos estudantes em formação. As ações extensionistas desenvolvidas, entre outras formas, através de projetos culturais dinamizados pela área de produção da Divisão de Teatro, devem propiciar a participação da comunidade universitária privilegiando mecanismos permanentes de interação com a sociedade civil. O maior objetivo dos projetos é transformar a universidade num polo cultural onde as apresentações artístico-culturais possam, cada vez mais, fazer parte da rotina da comunidade acadêmica, da sua formação universitária, e da comunidade externa, configurando novos campos para a produção e difusão de conhecimentos na UERJ.
Sendo assim, o Projeto Palco das Escolas atua trazendo para os espaços culturais da UERJ os estudantes das escolas (em especial as públicas) dos bairros do entorno da universidade para assistirem às apresentações que são oferecidas gratuitamente em horário escolar. Tem como objetivo ofertar acesso gratuito aos alunos da rede pública de ensino, estabelecendo relações tanto com o contexto universitário da UERJ quanto com a comunidade em geral, contribuindo para informar e formar um público receptivo às atividades artísticas.