Na última terça-feira (20/06), durante uma reunião da comissão parlamentar de inquérito (CPI) destinada a investigar as invasões de terras promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), os deputados aprovaram os requerimentos para a convocação de dois importantes líderes do movimento. João Pedro Stédile e José Rainha Júnior deverão comparecer à CPI para prestar esclarecimentos sobre os crimes relacionados às invasões de terras que têm ocorrido em todo o Brasil.
O deputado federal Rodolfo Nogueira, um dos principais defensores da convocação dos líderes do MST, destacou a importância dessa medida para esclarecer os atos criminosos cometidos por esse movimento social, que se posiciona contra a propriedade privada, põe em risco a vida de pessoas e pratica diversos delitos tipificados no código penal. Nogueira ressaltou a necessidade de transparência nessa questão.
A data em que João Pedro Stédile e José Rainha Júnior comparecerão à CPI do MST ainda não foi divulgada. No entanto, informações registradas pelo site Jusbrasil indicam que João Pedro Stédile possui atualmente 27 citações em processos em andamento em tribunais de justiça de diversos estados brasileiros, como Minas Gerais, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, além do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Dentre esses processos, quatro são na área criminal, envolvendo crimes como esbulho, turbação, ameaça, posse e reintegração de posse.
Já José Rainha Júnior, ex-líder do MST, foi condenado em 2015 pela 5ª Vara Federal em Presidente Prudente, em São Paulo, a uma pena de 31 anos e 5 meses de prisão, além do pagamento de multa, pelos crimes de extorsão, formação de quadrilha e estelionato. Essa não foi a primeira condenação de Rainha Júnior, pois em 1997 ele já havia sido sentenciado a 26 anos e seis meses de prisão por um duplo homicídio ocorrido em Pedro Canário, localizado a 270 km de Vitória, no Espírito Santo.
A convocação desses líderes do MST para a CPI visa esclarecer as atividades ilegais relacionadas às invasões de terras e promover um debate aprofundado sobre a problemática envolvendo o movimento. A sociedade aguarda ansiosamente pela oportunidade de ouvir os depoimentos de João Pedro Stédile e José Rainha Júnior, na expectativa de se obter um melhor entendimento sobre as ações do MST e seus desdobramentos no contexto nacional.