Um grupo de freiras brasileiras da “Fraternidad Pobres de Jesucristo” anunciou, por meio de um comunicado divulgado na segunda-feira (03), que deixará a Nicarágua e continuará seu trabalho religioso e humanitário em El Salvador. A decisão ocorre após a invasão do local onde as freiras viviam pelas forças policiais do presidente Daniel Ortega. Além disso, a fundação teve sua personalidade jurídica revogada e seus bens foram confiscados pelas autoridades.
As freiras brasileiras da “Fraternidad Pobres de Jesucristo” têm desempenhado um importante papel em diversos países, incluindo a Nicarágua, onde atuavam há sete anos, distribuindo alimentos e atendendo às necessidades básicas das comunidades locais. No entanto, a situação política e a repressão imposta pelo governo de Ortega os obrigaram a abandonar o país e buscar refúgio em outro lugar.
A invasão do convento e a revogação da personalidade jurídica da fundação são medidas preocupantes e demonstram a escalada autoritária do regime nicaraguense. O confisco dos bens da organização religiosa é um golpe não apenas para as freiras, mas também para as comunidades que dependiam de sua ajuda e assistência.
Apesar dos obstáculos e das ameaças enfrentadas, as freiras brasileiras reafirmaram seu compromisso em continuar seu trabalho religioso e humanitário em El Salvador. Essa decisão ressalta a resiliência e a dedicação dessas mulheres diante das adversidades e reforça a importância da solidariedade e do auxílio aos mais necessitados.
A situação na Nicarágua continua a ser acompanhada de perto pela comunidade internacional, que tem expressado preocupação com a crescente repressão do governo de Ortega e a violação dos direitos humanos. A fuga das freiras brasileiras é mais um exemplo triste das consequências desse ambiente político hostil e das restrições impostas à liberdade religiosa e aos trabalhos humanitários.