A sensação constante de coceira no nariz, olhos inchados e lacrimejantes, espirros em série, além da perda do olfato, são queixas que afetam mais de 30% da população brasileira, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esses incômodos são desencadeados por um problema comum: a rinite, uma das condições mais prevalentes no mundo.
A rinite, explicada pelo otorrinolaringologista e professor do curso de Medicina da Uniderp, Alexandre Cury, é uma inflamação na região nasal, considerada a principal porta de entrada do ar. “Essa inflamação pode ser provocada por diversos fatores, com destaque para os alérgenos, como pó, cigarro, gramíneas, pólen, ácaros ou mofo. Os sintomas incluem obstrução nasal, coriza, prurido e espirros em série, entre outros desconfortos”, apontou o especialista.
A condição pode ser dividida em dois tipos principais: aguda, quando os sintomas duram de sete a dez dias e são temporários, e crônica, quando persistem por mais de três meses. Além dessas categorias, existem variações mais graves, como a rinite atrófica e a vasomotora, que demandam um acompanhamento médico mais detalhado devido aos seus sintomas mais severos.
É comum que, principalmente em épocas de oscilação de temperatura, as pessoas confundam os sintomas da rinite com os do resfriado. No entanto, há diferenças marcantes. O resfriado geralmente causa dor no corpo, febre leve e mal-estar geral, sintomas que não estão presentes na rinite. Portanto, a avaliação médica é fundamental para um diagnóstico preciso.
O tratamento da rinite varia conforme a gravidade do caso e deve ser personalizado. Algumas pessoas respondem bem a medicamentos orais e/ou tópicos nasais recomendados pelo médico, enquanto outras podem se beneficiar de vacinas específicas. Sim, existe uma vacina para tratar a rinite.
As vacinas são indicadas para pessoas com alergias exacerbadas, controláveis, como rinite alérgica, sinusite, asma alérgica, conjuntivite alérgica e alergias a picadas de insetos. Elas buscam dessensibilizar o indivíduo ao alérgeno por meio de várias doses, proporcionando alívio dos sintomas.
Essa opção de tratamento, disponível em clínicas particulares, deve ser recomendada por um alergista ou otorrinolaringologista, dependendo da idade e do histórico clínico do paciente. Ela apresenta uma taxa de eficácia superior a 85%, oferecendo um controle prolongado dos sintomas, embora não garanta a cura.
O diagnóstico da rinite é baseado na análise dos sintomas, histórico familiar e avaliação da vida do paciente, juntamente com a observação da mucosa nasal através da rinoscopia nasal. Portanto, ao enfrentar os incômodos frequentes da rinite, consultar um especialista é a chave para aliviar esses sintomas persistentes.
Com informações: Assessoria UNIDERP