A estreia da comédia de Molière ‘O Burguês Fidalgo’, uma adaptação do grupo Senta que o Leão é Manso, da Universidade Católica Dom Bosco, lotou o teatro Glauce Rocha na noite de ontem (27). A apresentação de quase duas horas, feita por 17 atores acadêmicos e egressos, proporcionou muitas risadas do público.
Por mais que o texto tenha sido escrito no final do século XVII, em Paris, a comédia ainda é bastante atual. “Eu gostei bastante da encenação, achei muito interessantes todas as cenas e recomendo a peça para quem não pode assistir. É risada garantida”, destacou a expectadora Maria Fernanda Costa.
Luciana Froes dos Santos, que também é atriz e prestigiou a montagem, pode reencontrar colegas de profissão. “Eu achei a peça maravilhosa! Há muitos anos eu faço teatro e é muito interessante assistir outras montagens, pois a gente sempre aprende bastante e ainda pude reencontrar um dos colegas que estava atuando. Fiquei muito feliz”.
A história conta sobre a vida do senhor Jourdain, um burguês de meia-idade que herdou a fortuna do pai e com isso buscou sair da classe média para se tornar uma pessoa nobre e influente.
Nessa tentativa ele decide aprender artes assim como faziam todo aristocrata, participando de aulas dança, música, esgrima e filosofia. Mas em todas as ocasiões sempre se mostrava desajeitado e incompetente no aprendizado.
Enquanto os mestres fingiam os elogios e ganham dinheiro, a esposa dele começou a perceber que na verdade ele estava sendo um ridículo.
“Foi um momento muito ideal para trazermos esse texto adaptado, para rirmos um pouco e questionarmos algumas de nossas ações, já que a peça é muito questionadora nesse sentido. Pudemos oferecer um deboche de atitudes nossas”, explicou o diretor da peça, professor Roberto Figueiredo, que também coordena a área de Cultura e Arte, vinculada a Pró-Reitoria de Pastoral e Assuntos Comunitários.
O protagonista da produção teatral, Marcelo Piccolli, que também foi responsável pela adaptação do texto reforçou o perfil do personagem. “É um texto com bastante interação, com muitas surpresas, comédia e reviravoltas. É um texto bem bacana de um senhor que sonha em se tornar nobre de qualquer jeito”.
A interprete da esposa do burguês Jourdain, Carol Bueno, conta que são vários meses de preparação. “Estamos ensaiando a peça desde fevereiro deste ano. A senhora Jordan não concorda com o estilo de vida que o marido vem levando, pois acha que ele está gastando muito dinheiro à toa”.
A montagem contou ainda com a produção de Arno Neves, Michel Bacargi e Pedro Martins. Neste ano o Grupo Senta Que o Leão é Manso completa 41 anos, sempre trazendo clássicos da dramaturgia nacional ou internacional para os palcos de Campo Grande.
Com informações: Assessoria UCDB