A defesa dos brasileiros Roberto Mantovani Filho, Andréia Munarão e Alex Zanatta Bignotto, acusados de ofender o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto de Roma, Itália, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de um vídeo no inquérito que versa sobre o incidente. O vídeo em questão, que a defesa busca anexar aos autos, registra o momento em que o ministro Alexandre de Moraes deixa uma sala e é abordado por um dos três envolvidos, supostamente Alex Zanatta Bignotto. Durante a discussão, após uma série de perguntas, Moraes se volta para o indivíduo e profere a palavra “Bandido”.
Além do vídeo, a defesa requer também a adição de um parecer técnico elaborado, que, de acordo com os advogados, “confirma a autenticidade da mencionada gravação, transcreve as partes compreensíveis e responde às indagações apresentadas”. Anteriormente, a Polícia Federal (PF) havia alegado que o vídeo estava sujeito a edições, questionando a sua “integridade” e, portanto, sua validade como prova. No entanto, o ministro Dias Toffoli, relator do inquérito em questão, acatou o pedido da PF e estendeu o prazo para a conclusão das investigações.
Toffoli, ademais, determinou a retirada do sigilo dos autos, restringindo-o apenas no que tange às imagens, as quais permanecerão acessíveis exclusivamente às partes envolvidas e a analistas ou peritos designados pela PF. O portal Gazeta Brasil, que veiculou o vídeo nesta quinta-feira (05/10), esclarece que este material é o mesmo que a defesa busca inserir no inquérito. Entretanto, a publicação representa apenas uma parcela das imagens capturadas pelos acusados. Os registros do Aeroporto de Roma incluem quadros do que se presume serem os momentos das agressões, enquanto o conteúdo completo das filmagens permanece sob sigilo.
Veja abaixo o vídeo que a defesa quer incluir no inquérito