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Aeroporto de Campo Grande poderá ter ‘finger’ para embarque de passageiros

O Aeroporto Internacional de Campo Grande passou a ser administrado pela estatal espanhola, Aena, desde a última sexta-feira (13/10). A empresa é considerada “o maior operador aeroportuário do Brasil e do mundo” e deverá receber pelos próximos anos melhorias que envolvem inclusive a tão esperada “Ponte de Embarque de Passageiros”.

O equipamento, também conhecido como “finger”, busca facilitar o embarque e desembarque de passageiros das aeronaves e, como bem esclarece Santiago Yus, diretor presidente da Aena no Brasil, há possibilidade de edificar essa estrutura justamente por se tratar de uma obrigação contratual. “Em aeroportos com mais de um milhão de passageiros, o contrato de concessão fala que, sobre um total de anual, 70% deles tem que ser embarcados através de ‘fingers’ ou ponto de embarque”, esclareceu.

De acordo com dados da INFRAERO, passam por mês pelo aeroporto internacional de Campo Grande uma média de 126,7 mil passageiros, segundo dados deste ano, o que representa um aumento de 18% na comparação com os 107 mil que embarcavam ou desembarcavam mensalmente nos primeiros oito meses de 2022.

Por esses parâmetros, pelo menos desde 2012 o Aeroporto Internacional de Campo Grande precisa dessa ponte de embarque, quando foi registrada a passagem de 1,65 milhão de passageiros pelo terminal, ainda de acordo com dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Mesmo com a leve queda notada até o período de pré-pandemia, em 2019 o terminal fechou o ano em 1,54 milhão de passageiros registrados. O aeroporto da Capital voltou para índices acima de 1 milhão ainda no ano passado, quando encerrou com 1,03 milhão de embarques e desembarques.

Entre as novas tecnologias a serem empregadas no aeroporto, os novos operadores do terminal apontam melhorias de despacho de bagagem, despacho automático de bagagem, melhorias de inspeção, melhorias de processos aeroportuários e implantação de sistemas de equipamentos de segurança.

O diretor da empresa faz questão de lembrar que o aeroporto de Campo Grande é um dos que a Aena recebe com a obra do terminal ainda inacabada. Ele cita que os novos administradores  tentam contornar o problema, a que chamou de “dificuldade”. Também afirmou que não haverá paralisação dos serviços do aeroporto para essas conclusões.

Para o Nordeste — Santiago Yus comentou também a possibilidade de que o aeroporto de Campo Grande possa ter a ligação com novos destinos, graças ao modelo de rede da Aena, que tem 82 aeroportos ao redor do globo. “Aqui no Brasil, com esses 17 (aeroportos) consideramos que o modelo de rede pode trazer também muita sinergia, desde o ponto de vista de gestão interna e, ao mesmo tempo, fazermos atrativos para que companhias aéreas consigam operar em nossos aeroportos, através, por exemplo, de políticas de incentivos”, disse.

Com isso, um dos destinos especulados é a conexão direta de Campo Grande com o nordeste brasileiro, sendo necessário um trabalho entre a administradora e as companhias aéreas. “Para nós seria um sucesso ter também voos do nordeste para que tantas pessoas de lá consigam visitar todas as belezas que tem em todo o Estado de Mato Grosso do Sul; Pantanal e todos os atrativos que tem, assim como as pessoas do MS consigam visitar as belezas que têm no nordeste e suas praias”, conclui.

Com informações: Correio do Estado

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