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EUA obtêm documentos que evidenciam atraso chinês na divulgação de dados sobre coronavírus

A Comissão de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos adquiriu documentos do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) que confirmam a submissão de dados sobre o coronavírus por parte da virologista Lili Ren, do Instituto de Biologia Patogênica da Academia Chinesa de Ciências Médicas em Pequim. Essa submissão ocorreu em 28 de dezembro de 2019, ao GenBank, banco de dados de sequências genéticas mantido pelo NIH.

A submissão, realizada duas semanas antes da divulgação pública pela China, levanta questionamentos sobre a transparência de Pequim no compartilhamento de informações cruciais sobre o novo vírus. A notícia foi inicialmente reportada pelo The Wall Street Journal, e o comitê destacou que Ren é subcontratada da organização sem fins lucrativos EcoHealth Alliance, anteriormente associada ao Instituto de Virologia de Wuhan.

Em resposta ao comitê, o HHS caracterizou a submissão de Ren como “incompleta” e carente das “informações necessárias para publicação”. Segundo o HHS, após um processo de controle de qualidade, um pedido de reenvio foi emitido para Lili Ren em 31 de dezembro de 2019. A falta de resposta até 14 de janeiro de 2020 resultaria na remoção da submissão original da fila de processamento. No entanto, uma nova submissão de Ren nunca foi recebida.

O Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças divulgou uma sequência “quase idêntica” à apresentada por Ren em 10 de janeiro de 2020, afirmando que a disponibilizou assim que possível.

Líderes republicanos do comitê criticaram a China por sua falta de transparência e expressaram preocupações sobre a confiabilidade das informações fornecidas pelo Partido Comunista Chinês (PCC). Eles ressaltaram a importância de uma investigação mais aprofundada nas origens do SARS-CoV-2, incluindo o financiamento público, as operações das agências de saúde pública do governo e a supervisão de bolsas de pesquisa para cientistas estrangeiros.

O HHS afirmou que a submissão de Ren “não pôde ser verificada, apesar dos follow-ups do NIH ao cientista chinês para obter mais informações”. Um porta-voz do HHS indicou que outra sequência, verificável e quase idêntica, foi enviada por outro grupo e verificada para inclusão em 12 de janeiro de 2020. Esta sequência genética do SARS-CoV-2 tornou-se a base para pesquisas sobre as origens da COVID-19.

Os líderes republicanos do comitê concordaram que é necessário um trabalho bipartidário para abordar a falta de transparência do governo chinês e garantir acesso a informações cruciais sobre a origem da COVID-19, visando uma melhor compreensão e prevenção de futuras pandemias.

Com informações: Gazeta Brasil

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