Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil aumentou para 7,9% no primeiro trimestre deste ano, marcando o terceiro mês consecutivo de resultados desfavoráveis.
De acordo com informações fornecidas pela Trading Economics, a taxa de desemprego iniciou o ano de 2024 em 7,6% e, ao longo dos meses subsequentes, elevou-se para 7,8%, alcançando, atualmente, a marca de 7,9%. Apesar disso, o número ficou abaixo das expectativas da Reuters, que estimava um índice de 8,1%, aliviando as preocupações do governo.
Esta taxa representa o patamar mais alto desde julho de 2023, interrompendo uma trajetória de queda. No último trimestre de 2023, o desemprego atingiu seu ponto mais baixo do ano, registrando 7,4%. Entretanto, desde então, tem havido uma reversão dessa tendência, com o desemprego aumentando pelo terceiro mês consecutivo. Especialistas atribuem esse fenômeno ao término dos empregos temporários de fim de ano, comum no primeiro trimestre.
Enquanto o setor agrícola experimentou uma queda de 5,6% no número de vagas ocupadas, o setor industrial apresentou um aumento de 3%.
Segundo os dados do IBGE:
- O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em cerca de 100,2 milhões no primeiro trimestre de 2024, representando uma redução de 0,8%.
- O nível de ocupação, que mede a parcela da população em idade ativa ocupada, ficou em 57,0%, uma diminuição de 0,6 pontos percentuais.
Os técnicos do IBGE explicam que o aumento no desemprego se deve em parte àqueles que anteriormente não buscavam emprego, mas passaram a fazê-lo. Além disso, há quem atribua o aumento do desemprego ao declínio nos investimentos estrangeiros, que diminuíram US$ 12,6 bilhões no primeiro ano do governo Lula, em 2023, e cujos efeitos ainda se fazem sentir.
Outra medida governamental que tem causado preocupação no setor econômico e promete aumentar a taxa de desemprego é a desoneração da folha de pagamentos. Essa política resultará em um aumento da carga tributária sobre os empregadores, o que pode levar a uma redução nas contratações e ao aumento dos preços dos produtos. O governo defende que essa medida é necessária para equilibrar as contas públicas, que enfrentam recordes de déficits.
Por: Allan dos Santos para Revista Exílio