Neste domingo (15/09), durante um evento no Trump International Golf Club, na Flórida, um homem armado foi preso após agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos detectarem um rifle AK-47 escondido em arbustos próximos. O ex-presidente Donald Trump estava no local jogando golfe, no quinto buraco do campo, quando os agentes perceberam a presença de um homem armado. De acordo com a Fox News, foram ouvidos quatro disparos nas proximidades, mas não houve confirmação de feridos. O suspeito foi rapidamente detido pelas autoridades.
Trump, em entrevista ao apresentador da Fox News, Bret Baier, relatou os acontecimentos. “Estou bem, e o Serviço Secreto fez um excelente trabalho”, disse o ex-presidente, elogiando a resposta rápida da equipe de segurança que o escoltou imediatamente após o incidente. Segundo ele, nenhum dos tiros parecia ter chegado perto dele.
Investigação e pronunciamento oficial
O Serviço Secreto dos EUA divulgou um comunicado confirmando o incidente, informando que, em conjunto com o Gabinete do Xerife do Condado de Palm Beach, está conduzindo uma investigação detalhada. No comunicado, a agência declarou: “O Serviço Secreto, em conjunto com o Gabinete do Xerife do Condado de Palm Beach, está investigando um incidente de proteção envolvendo o ex-presidente Donald Trump, ocorrido pouco antes das 14h. O ex-presidente está seguro”. As autoridades também afirmaram que a segurança foi intensificada no local e que mais detalhes serão revelados conforme o andamento das investigações.
Acusações e histórico do suspeito
Ryan Wesley Routh, de 58 anos, foi o indivíduo preso pelos agentes do Serviço Secreto. Durante a detenção, as autoridades encontraram um rifle AK-47 com mira telescópica escondido nos arbustos, além de duas mochilas contendo equipamentos de gravação de vídeo e outros itens não especificados. Routh foi formalmente acusado de posse ilegal de arma de fogo e porte de uma arma com o número de série raspado. A polícia também informou que o suspeito fugiu em um veículo após ser confrontado, mas foi rapidamente capturado.
Routh possui um histórico criminal extenso, com mais de 100 acusações registradas na Carolina do Norte, onde passou a maior parte da vida. Entre seus crimes anteriores, está uma condenação em 2002 por posse de uma arma de destruição em massa, uma metralhadora automática. Outros registros incluem porte ilegal de arma e posse de propriedade roubada.
Relação do suspeito com Trump
De acordo com informações das redes sociais, Routh votou em Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016, mas expressou decepção com o mandato do ex-presidente. Em 2020, Routh escreveu na rede social X (antigo Twitter): “Eu e o mundo esperávamos que o presidente Trump fosse diferente e melhor, mas todos ficamos muito decepcionados”. Nas eleições primárias democratas de 2024, ele votou na Carolina do Norte, e seu endereço mais recente está registrado no Havaí, onde é dono de uma empresa de construção.
Routh também manifestou apoio à Ucrânia durante a guerra contra a Rússia e chegou a tentar se alistar no exército ucraniano em 2022, mas foi impedido devido à sua idade. Seu filho, de 25 anos, declarou à CNN que não acredita que o pai tenha agido de maneira violenta e espera que as circunstâncias tenham sido exageradas.
Reações ao incidente
Após o incidente, a Casa Branca emitiu um comunicado informando que o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris foram imediatamente informados sobre a situação. O comunicado expressou o alívio de ambos ao saberem que o ex-presidente não foi ferido. “Eles continuarão recebendo atualizações dos oficiais de segurança”, acrescentou a Casa Branca.
Como medida de precaução, o Trump International Golf Club permaneceu fechado após o ocorrido, enquanto as autoridades realizam investigações no local. As atividades no clube foram suspensas até nova avaliação.
Histórico de tentativas de assassinato
O incidente marca a segunda tentativa de assassinato contra Donald Trump em menos de dois meses. Em julho deste ano, durante um comício na Pensilvânia, Thomas Mathew Crooks, de 20 anos, disparou vários tiros contra o ex-presidente. Crooks foi morto pelos agentes do Serviço Secreto logo após os disparos. Ambos os incidentes levantaram preocupações sobre a segurança de Trump, especialmente à medida que ele avança em sua candidatura à presidência nas eleições de 2024.
Com informações: EFE