O Governo Federal estuda retomar o horário de verão, interrompido em 2019, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica durante os meses mais quentes. A decisão deve ser anunciada nesta terça-feira (15/10) após reunião do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com sua equipe técnica.
Em entrevista ao Jornal da Hora nesta segunda-feira (14/10), o deputado federal Luiz Ovando (Progressistas-MS) se posicionou contra a medida, argumentando que a mudança de horário não resulta em economia de energia. “Se nós adiantarmos ou atrasarmos o relógio não fará diferença porque hoje não são lâmpadas os grandes consumidores, são os ares-condicionados. Se você começa mais cedo, você liga o ar-condicionado mais cedo e no período de pico você precisa de ar-condicionado. Então não há redução. Isso já foi provado […] Então não tem mais razão de você ter o horário de verão”, afirmou o parlamentar.
Além dos impactos no consumo de energia, Ovando também destacou prejuízos ao bem-estar da população, mencionando que a alteração afeta o relógio biológico. “Nós temos um outro grande prejuízo, que é o prejuízo biológico, o prejuízo do sono. Nós nos esquecemos do sono. Não tem economia, então por que mexer? Precisamos nos atentar para o benefício do sono. É preciso dormir e a gente dorme com escuridão. Quando você põe o indivíduo para acordar antes, ele acorda, mas não desperta. É um estresse muito grande. Além disso, tem questões de segurança, desempenho, atenção e acidentes. Tudo isso está provado que não é benéfico”, concluiu o deputado.
O anúncio oficial sobre o retorno ou não do horário de verão deve ser feito após a reunião do Ministério de Minas e Energia, que avaliará a viabilidade da medida.
Com informações: Assessoria