Parlamentares de partidos governistas aderem à oposição
Trinta e seis deputados de cinco partidos da base de apoio ao governo assinaram um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento, elaborado pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL), já conta com 117 assinaturas e será protocolado na Câmara dos Deputados na próxima semana. A adesão inclui parlamentares do MDB, União Brasil, PSD, Republicanos e PP, que se unem à oposição liderada pelo PL e outros partidos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Divergências internas na base aliada
A iniciativa revela tensões dentro dos partidos governistas, que ocupam ministérios na administração federal, mas possuem alas conservadoras alinhadas à oposição. Atualmente, essas siglas controlam pastas estratégicas: o União Brasil com Comunicações, Turismo e Desenvolvimento Regional; o PSD com Minas e Energia, Agricultura e Pesca; o MDB com Transportes, Cidades e Planejamento; o PP com Esporte; e o Republicanos com Portos e Aeroportos.
Justificativa do pedido de impeachment
Os deputados que assinaram o pedido alegam supostas irregularidades no programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O governo ainda não se manifestou oficialmente sobre a denúncia.
Desafios para a governabilidade
A adesão de parlamentares da base ao pedido de impeachment levanta questionamentos sobre a solidez da aliança governista e a capacidade do Palácio do Planalto de manter o apoio dos partidos aliados. Com setores internos resistentes ao governo, a gestão Lula enfrenta mais um desafio político no Congresso Nacional.
Com informações: Revista Oeste