Maior ataque hacker a criptomoedas da história
A Coreia do Norte executou seu maior roubo de criptomoedas até o momento, desviando aproximadamente US$ 1,4 bilhão em Ethereum da exchange ByBit. O CEO da empresa, Ben Zhou, afirmou na segunda-feira (04/03) que a ByBit conseguiu levantar novos fundos para cobrir as perdas e que os saques dos clientes seguem disponíveis. No entanto, especialistas alertam para os riscos financeiros, lembrando casos anteriores de exchanges que faliram após prometerem estabilidade.
Investigação aponta envolvimento do Lazarus Group
Pesquisadores de segurança cibernética identificaram o Lazarus Group, um grupo de hackers patrocinado pelo governo norte-coreano, como responsável pelo ataque. Registros em blockchain mostram que parte dos fundos roubados já foi lavada, reduzindo as chances de recuperação. A empresa de monitoramento de blockchain Elliptic relatou que os valores desviados da ByBit foram misturados com recursos de outros ataques atribuídos à Coreia do Norte.
Histórico de ataques e evolução das técnicas de hacking
O Lazarus Group já esteve envolvido em outros roubos, como o ataque à Axie Infinity, onde foram desviados US$ 625 milhões. A Coreia do Norte aprimorou suas estratégias de hacking após as sanções econômicas impostas em 2017, que restringiram a exportação de produtos norte-coreanos como resposta a testes nucleares.
Métodos utilizados no ataque à ByBit
O ataque à ByBit envolveu táticas de engenharia social, nas quais hackers enganaram funcionários da exchange para obter controle sobre uma carteira contendo fundos de clientes. Essa abordagem evidencia a vulnerabilidade de muitas plataformas de criptomoedas, que dependem de decisões humanas para manter a segurança.
Impactos e debate sobre regulamentação
A Coreia do Norte continua acumulando criptomoedas roubadas e utiliza serviços de mistura para ocultar a origem dos fundos, dificultando a conversão para moeda fiduciária. O episódio reacendeu o debate sobre a necessidade de regulamentação no setor, com críticos argumentando que ataques como esse não seriam viáveis no sistema financeiro tradicional, sujeito a leis contra lavagem de dinheiro.
Por outro lado, defensores da privacidade financeira afirmam que fraudes ocorrem tanto em criptomoedas quanto em moedas fiduciárias. Serviços de mistura, segundo eles, garantem proteção para indivíduos que desejam manter seus fundos seguros. A discussão segue em aberto, enquanto governos e empresas buscam formas de mitigar crimes financeiros no ambiente digital.
Com informações: Gazeta Brasil