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O clima do medo: os interesses ocultos por trás do discurso ambientalista

Cientista brasileiro denuncia erros técnicos, manipulação política e interesses econômicos na narrativa sobre aquecimento global

A narrativa dominante e seus questionamentos

O planeta estaria em perigo por causa das ações humanas? A temperatura média global estaria aumentando devido à emissão de dióxido de carbono (CO₂)? Essa é a mensagem amplamente divulgada por organizações internacionais, governos e mídia. No entanto, pesquisadores como o professor Ricardo Augusto Felício, doutor em climatologia pela Universidade de São Paulo (USP), contestam essa interpretação e revelam o que chamam de “engenharia do medo”.

Felício critica o uso de modelos matemáticos computacionais na climatologia atual, apontando falhas graves na metodologia. “Os modelos climáticos são construídos para repetir um resultado pré-definido: o aquecimento. Eles ignoram a complexidade do sistema terrestre, desconsideram os oceanos, o vapor d’água e os ciclos solares, que são os verdadeiros reguladores do clima”, afirma o professor.

Atribuição equivocada ao CO₂ e o papel do IPCC

A centralização do debate climático no gás carbônico é, segundo Felício, cientificamente insustentável. “Querem convencer a população de que esse gás, que representa menos de meio milésimo da atmosfera, é o grande vilão climático. Isso não tem base científica séria”, critica.

Ele ainda denuncia o papel político desempenhado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). “O IPCC não é um órgão científico. Ele é composto por burocratas e representantes de governos que seguem orientações políticas. O que sai de lá é consenso político, não consenso científico”, ressalta.

Causas naturais ignoradas: Sol e vulcões

Para Felício, a alteração do clima ao longo da história da Terra sempre ocorreu por causas naturais e cíclicas, que continuam ativas. Entre elas, ele destaca dois fatores principais: a atividade solar e os vulcões. “O Sol é a principal fonte de energia do planeta. As variações da radiação solar afetam diretamente o clima da Terra. Os vulcões, por sua vez, emitem gases e partículas que podem resfriar ou aquecer o planeta dependendo da altitude e da composição das erupções”, explica. “Os vulcões todo ano dão uma contribuição significativa para o aquecimento global. Uma erupção grande é equivalente a toda emissão humana de um ano. Temos cerca de 550 vulcões ativos na Terra. Quanto à emissão dos pobres humanos e toda a sua colossal atividade, esta é menor que a emitida pelos insetos existentes no planeta”, apontou.

Segundo o climatologista, ao ignorar essas variáveis naturais, os modelos climáticos tornam-se incapazes de explicar fenômenos como eras glaciais ou aquecimentos abruptos do passado, muito antes da era industrial.

A nova geopolítica do clima

A crítica se estende à instrumentalização do discurso ambiental por grandes interesses econômicos e estratégias de dominação internacional. Felício afirma que o mercado de créditos de carbono e os chamados “fundos verdes” são mecanismos de controle econômico: “Os mercados de créditos de carbono são uma nova forma de especulação financeira. Isso não tem nada a ver com salvar o planeta. É controle econômico”.

Segundo ele, países em desenvolvimento são alvos de acordos ambientais que limitam o uso de seus recursos naturais. “Estão impondo que o Brasil não pode usar seus próprios recursos naturais. Querem que sejamos um zoológico para turista europeu tirar foto da floresta”, afirma.

Doutrinação e medo como instrumentos de poder

O cientista também alerta para a utilização ideológica do tema. “O ambientalismo virou uma religião. Ninguém pode questionar. Se você discorda, é tratado como herege”, critica. Ele defende que as escolas, universidades, a mídia e a política pública estão moldando comportamentos com base em dados distorcidos e cenários catastróficos irreais.

Entre os efeitos práticos dessa política estão o abandono de fontes seguras de energia, o aumento de impostos ambientais, o bloqueio a projetos de desenvolvimento e a dependência de tecnologias “limpas” importadas a altos custos.

Ciência livre, desenvolvimento soberano

Para Ricardo Felício, defender o meio ambiente não deve ser confundido com aderir a narrativas autoritárias e economicamente nocivas. Ele conclui: “Precisamos de ciência, não de doutrinação. E precisamos de soberania, não de submissão a agendas globais disfarçadas de preocupação ambiental”.

O alerta do climatologista convida à reflexão sobre os rumos das decisões ambientais no Brasil e no mundo. Quando o discurso ecológico serve mais ao controle do que ao cuidado, é necessário retomar o debate com base em dados reais, pluralidade científica e compromisso com o desenvolvimento autônomo.

Veja uma entrevista completa com o doutor em climatologia Ricardo Felício no link abaixo.

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